Palmeiras reverte vantagem do São Paulo, faz 4 a 0 e é campeão paulista

Com gols de Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga, duas vezes, o time alviverde conquista o campeonato estadual pela 24ª vez

Palmeiras reverte vantagem do São Paulo, faz 4 a 0 e é campeão paulista Time posado da equipe do Palmeiras antes do início da partida com o São Paulo, disputada na Arena Allianz Parque, na zona oeste da capital paulista, válida pela final do Campeonato Paulista, na tarde deste domingo, 3 de abril de 2022. ESTADÃO CONTEÚDO Notícia do dia 04/04/2022

A fase vitoriosa do Palmeiras sob o comando de Abel Ferreira rendeu mais um título. Neste domingo (3), a equipe alviverde se sagrou campeã paulista ao golear o São Paulo por 4 a 0, no Allianz Parque. Assim, reverteu a vantagem do rival, que havia vencido o primeiro jogo da final por 3 a 1.

 

Avassalador no primeiro tempo, o Palmeiras abriu 2 a 0 com gols de Danilo e Zé Rafael. Logo no começo da etapa final marcou o terceiro, com Raphael Veiga, após linda jogada de Dudu. Veiga que havia marcado para o time na derrota no Morumbi e acabou sendo o artilheiro da equipe na competição, com sete gols, também marcou o quarto, sendo o herói da conquista.

 

É o quinto título do Palmeiras sob o comando de Abel Ferreira, que assumiu o clube no fim de outubro de 2020. Antes, ele havia vencido duas vezes a Libertadores, nas temporadas 2020 e 2021, a Copa do Brasil de 2020 e a Recopa Sul-Americana neste ano.

 

A nova conquista foi celebrada pelos mais de 30 mil torcedores presentes no estádio — foram 31.836 pagantes —, sendo que uma parcela acompanhou o clássico por um telão, pois não havia visão do campo em função da montagem do palco para o show de Maroon 5 na próxima terça-feira.

 

Na sua campanha vitoriosa no Paulistão, o Palmeiras teve a melhor campanha da primeira fase, líder do Grupo A com 30 pontos em 12 jogos. Depois, passou por Ituano, nas quartas de final, e Red Bull Bragantino, nas semifinais. O time também teve a melhor defesa da competição, com apenas 7 gols sofridos em 16 jogos.

 

Com o triunfo deste domingo, o Palmeiras faturou o 24º título paulista da sua história, agora com 2 a mais do que o São Paulo e a 6 do Corinthians, o maior vencedor do torneio. E ampliou o equilíbrio nos números do Choque-Rei. São 112 vitórias do alviverde contra 113 do tricolor, além de 110 empates no clássico.

 

O Palmeiras também se vingou da derrota na decisão do Paulistão de 2021, embora já tivesse vencido o mata-mata anterior entre os clubes, nas quartas de final da Libertadores do ano passado.

 

Depois de falhar na busca pelo seu primeiro bicampeonato estadual desde 1992, o São Paulo precisará demonstrar que segue no processo de evolução após o decepcionante 13º lugar no Brasileirão do ano passado.

 

Após vivenciarem novos capítulos da rivalidade local, os clubes agora voltam suas atenções para as competições nacionais — Brasileirão e Copa do Brasil —, além dos torneios continentais. Na quarta-feira, o Palmeiras vai estrear na Libertadores diante do Deportivo Táchira, na Venezuela. No dia seguinte, no Peru, o São Paulo terá pela frente o Ayacucho, pela Copa Sul-Americana.

 

Primeiro tempo

 

Os times foram para o jogo decisivo sem surpresas nas escalações. Enquanto o São Paulo repetiu a formação que venceu o primeiro jogo por 3 a 1, o Palmeiras contou com o retorno de Danilo como única novidade. O meio-campista, recuperado de dores musculares, voltou ao time na vaga de Jailson.

 

Com as escalações previstas, os times estavam com estratégias bem definidas: o Palmeiras tinha pressa para reduzir a vantagem do São Paulo, que buscava bloquear as ações ofensivas do adversário.

 

Após um início truncado e com a decisão de Raphael Claus de não marcar pênalti numa jogada em que a bola tocou no braço de Eder, mesmo após consulta ao VAR, a equipe da casa se impôs.

 

Em uma blitz com finalizações perigosas em sequência, o Palmeiras abriu o placar. Aos 19 minutos, Jandrei salvou o São Paulo ao defender disparo de Scarpa. Aos 21, a cobrança de falta de Scarpa desviou na barreira e rendeu escanteio. Na cobrança, aos 22, após trocar passe com Marcos Rocha, Scarpa cruzou, a bola desviou e sobrou para Danilo, de cabeça, abrir o placar no Allianz Parque.

 

Aos 28 minutos, Raphael Veiga cruzou rasteiro e a zaga do São Paulo fez corte parcial, mas a bola sobrou para Zé Rafael. Da entrada da área, ele bateu colocado, com a bola tocando na barreira antes de entrar. Claus reviu o lance, em função de uma suposta falta de Danilo em Calleri, mas optou por validar o gol.

 

Só aí, com a vantagem do jogo de ida desperdiçada, o São Paulo tentou atacar. Até ameaçou em um voleio de Calleri, aos 31 minutos, mas ficou nisso. E o Palmeiras, que perdeu Rony, lesionado, terminou o primeiro tempo mais próximo do terceiro gol, que quase foi olímpico, em cobrança de escanteio fechada de Scarpa. Foram 15 finalizações, contra apenas 4 do adversário.

 

Segundo tempo

 

Na volta para a etapa final, Rogério Ceni trocou Wellington, que vinha atuando na lateral direita, pelo zagueiro Arboleda, o que levou Léo a ser deslocado para a lateral esquerda, com a intenção de reforçar a marcação por aquele lado.

 

Mas foi exatamente pela esquerda da defesa do São Paulo que o Palmeiras construiu a jogada do terceiro gol. No segundo minuto, Dudu dançou para cima de Diego Costa e cruzou para Raphael Veiga, de carrinho, empurrar a bola para as redes.

 

Com o objetivo alcançado tão rapidamente, o Palmeiras recuou para defender a vantagem. O São Paulo, então, foi ao ataque, mas exibiu pouco repertório e criatividade para dar trabalho a Weverton. A única chance efetiva surgiu aos 31 minutos, quando Gustavo Gómez cortou parcialmente uma cobrança de escanteio e a bola sobrou para Calleri, que, caindo, finalizou com perigo, mas para fora.

 

No fim, o Palmeiras aproveitou um erro defensivo do São Paulo para definir a decisão. Aos 36 minutos, Zé Rafael roubou a bola de Igor Gomes e acionou Gabriel Veron. Ele deu passe rápido para Veiga, que finalizou na saída de Jandrei: 4 a 0 Palmeiras. O capitão Rafinha ainda foi expulso após cotovelada no peito de Wesley que, com as mãos no rosto, desabou.

 

 

Leandro Silveira, colaboração para a CNN