Parintins pronta para receber circuitos nacionais e internacionais desportivos

O desejo do Parintinense e de quem mora nesse nosso Arquipélago de Tupinambarana de ter o complexo de mini Vila Olímpica deve ser tratado como uma meta a ser alcançada permanentemente por todos. Deve ser implantada com esforço e ajuda de todo mundo. Requer tempo, articulação, paciência e luta.

Parintins pronta para receber circuitos nacionais e internacionais desportivos Fotos: Júnior Lima o Juju Notícia do dia 10/05/2024

A nova “Arena Olímpica de Parintins Rubem dos Santos”, inaugurada no dia 9 de maio de 2024, está agora para o esporte na Ilha de Tupinambarana, assim como o Bumbódromo, inaugurado em 1988, está para o movimento cultural.

 

O Gigante do interior do Amazonas, como está sendo chamado por ser o maior ginásio coberto da região, perdendo apenas para a Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira de Manaus, faz com que Parintins dê um salto nacional e internacional.

 

Agora, a Ilha de Caprichoso e Garantido está pronta para sediar circuitos nacionais e receber jogos internacionais de variados tipos. 

 

Isso serve de estímulo para os jovens que nunca viram tal acontecimento. Parintins, novamente, sai na frente. Ali, na nova quadra esportiva, não está somente a beleza da obra, mas sim a representação dela. Com dimensões, estética e piso nos padrões internacionais, é um avanço.

 

Antes, você não tinha uma estrutura de desportiva deste porte.

 

Por muito tempo, Parintins teve um único ginásio; o Ginásio Elias Assayag. Essa quadra coberta faz referência a um grande empresário judeu de nossa Ilha.

O ginásio “Elias Assayag” foi uma construção estadual e não municipal. Por mais de 40 anos, teve papel crucial no movimento esportivo. Ele serviu até onde deu, mas hoje você tem uma arena mais moderna. Deve continuar servindo, Afinal quanto mais espaços esportivos, melhor. Na cidade e no interior. 

 

Quando surgiu o bumbódromo, foi uma revolução para fortalecer a cultura. Sem dúvida, a “Arena Rubens dos Santos” é o pontapé da revolução esportiva. Pois se o governo estadual e a federação nacional quiserem fazer algo, têm estrutura.

 

Se imagine sem quadra adequada e apenas com chão batido, Parintins revelou o Delmo, grande jogador do São Raimundo, Soló, que disputou cinco vezes o campeonato Brasileiro e foi jogador internacional, Messias Cursino, o zagueiro desejado pelo Botafogo, Adson Torpedo artileiro de muitas Copas dos Rios. Ainda Nilba Reis, a primeira da Ilha a conquistar medalha no Pan Americano, o fundista Mari Dray, nosso recordista brasileiro de dardo, Pedro Nunes. Essa geração toda nasceu nesse contexto.

 

Historicamente é um avanço desde do trabalho do agora “cidadão parintinense” Celby Rodrigues do Rio de Janeiro. Ele considerado o pai da "Educação Física” na Ilha, por causa do grande incentivo através da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no final da década de 70 e começo dos anos 80. Pois daí surgiu os Jogos Escolares de Parintins JEPS.

O “pai” dos profissionais de educação física lutou muito pela formação acadêmica dos primeiros profissionais da área na cidade.

 

 

No entanto, não podemos esquecer do desportista e missionário italiano do PIME, Padre Augusto Gianola, que a partir de dezembro de 1963, sob a coordenação de Dom Arcangelo Cerqua, deu início às “Olimpíadas de Parintins” e à “República Infantil”, de caráter religioso e também social.

 

Padre Augusto Gianola promovia a olimpíada tupiniquim, e nela tinha salto à distância, salto com vara, corrida de velocidade, corrida de resistência, natação, vôlei e mais tarde corrida ciclística. Isso envolvido com o grupo da JAC (Juventude Alegre Católica), que mais tarde, no ano de 1965, fariam a organização e criação do Festival Folclórico de Parintins, maior movimento cultural do Amazonas e do Norte do Brasil. Também não devemos apagar o esforço do "Irmão Bruno"e seus torneios de domingo. 

 

Outro ícone Dejar do Carmo Pereira, simplismente Santoca, o treinador de todos e para todos. Só chegar aquele horário da tardinha no Campo da Gávea e estava Santoca. Pronto para ensinar ou desafiar os atletas. 

 

Com esse olhar e contexto, podem até aparecer críticos e dizer que a nova Arena Olímpica de Parintins chega atrasada. Mas chegou e num ótimo momento. Afinal, o esporte de alto rendimento não é tradição dos municípios, até pelos recursos financeiros. No Brasil, as Forças Armadas quem mais cuida e tem atletas de ponta. Pois o alto rendimento está nas estruturas do governo federal e em alguns estados. Ou nos times e clubes com investimento da iniciativa privada.

Alguns municípios de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina têm o alto rendimento. No Amazonas, apenas Manaus.

 


Rubens dos Santos, que dá nome à nova arena, foi super radialista, jogador de futebol, radialista e comentarista esportivo. Além de treinador, professor e ex-presidente do Boi Caprichoso. 

 

O prefeito Bi Garcia, que finaliza no dia 31 de dezembro de 2024, seu quarto mandato, fez um golaço e marcou muitos pontos com a nova obra para a população.

 

Outrora aquele espaço era abrigo de campo de gado, área de prostíbulos. O antigo campo da Gávea e Campo João Balão, sempre foi o espaço público. E que, apesar de utilizado diariamente, tinha estrutura limitada ao futebol. Agora começa de fato a ganhar um ar de mini vila. 

 

Dessa forma, o desejo do Parintinense e de quem mora nesse nosso Arquipélago de Tupinambarana de ter o complexo de mini Vila Olímpica deve ser tratado como uma meta a ser alcançada permanentemente por todos. Deve ser implantada com esforço e ajuda de todo mundo. Requer tempo, articulação, paciência e luta.

 

Mas nesse momento é importante mesmo que temos de fato uma arena internacional desportiva.

Parabéns aos envolvidos nessa nova conquista! 

 

 

Texto: Hudson Lima

(92) 991542015