Fotos: Alex Pazuello / Secom
Notícia do dia 12/11/2025
O Amazonas se firma como referência nacional em transplantes e em medicina de alta complexidade no sistema público. Em um estado antes dependente de outras regiões para realizar cirurgias desse porte, a rede estadual de saúde, sob o comando do governador Wilson Lima (União Brasil), alcança um nível inédito de autonomia e capacidade técnica, transformando o Hospital Delphina Abdel Aziz em um dos maiores centros de transplantes do país.
Com mais de 240 procedimentos realizados em pouco mais de dois anos, o Delphina Aziz consolida o que especialistas já chamam de “revolução silenciosa” na saúde amazonense. A unidade, administrada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), realiza transplantes de rim e fígado (este último retomado após 10 anos sem registro do procedimento no estado) e concentra também cirurgias de córnea e implantes cocleares, ampliando o alcance e a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) no coração da Amazônia.
O resultado impressiona não apenas pelos números, mas pelo impacto. Em menos de dois anos, o Delphina Aziz triplicou a média histórica de transplantes renais e supera toda a produção da rede privada do Amazonas em 16 anos, demonstrando a força da política pública implantada pelo governo estadual. Dessa forma, o hospital se tornou símbolo de autossuficiência e excelência técnica, reunindo equipes multidisciplinares, tecnologia de ponta e logística integrada de captação e transporte de órgãos.
“O transplante é o ápice da medicina hospitalar, e o Amazonas prova que tem estrutura, equipe e compromisso para fazer isso com excelência. Mostramos que é possível oferecer, dentro da rede pública, o mesmo padrão de qualidade de grandes centros do país”, destaca o governador Wilson Lima, ressaltando que o avanço é fruto de investimento contínuo na formação profissional e na modernização da estrutura hospitalar.
A política estadual de transplantes, coordenada pela SES-AM, abrange hoje todas as etapas do processo: da captação à cirurgia e ao acompanhamento pós-operatório. O Delphina Aziz opera em sintonia com o Laboratório Central (Lacen), a Fundação Hemoam e a Organização de Procura de Órgãos (OPO), formando uma rede que garante precisão e agilidade em cada procedimento.
Para a secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud, o salto é resultado direto da decisão política de reposicionar o Amazonas na vanguarda do SUS. “Durante muito tempo, nosso estado precisou enviar pacientes para outras capitais por falta de estrutura. Hoje, essas pessoas encontram tratamento aqui, com segurança, tecnologia e acolhimento. O transplante de fígado e de rim simboliza o fortalecimento da rede estadual e consolida o Delphina Aziz como um dos maiores hospitais públicos do Brasil”, afirma.
REDUÇÃO DAS FILAS – O impacto também se reflete nas estatísticas sociais. Com o avanço das cirurgias de fígado e rim, a expansão dos transplantes de córnea (já 2,7 mil realizados) e o crescimento dos implantes cocleares (dispositivos eletrônicos cirurgicamente implantados para restaurar a audição em pessoas com deficiência auditiva severa), que passam de 80, o estado reduz filas de espera e praticamente elimina a dependência do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), antes responsável por enviar pacientes a outros estados.
“Quando o governo investe na rede pública e qualifica seus profissionais, o resultado é visível. O que estamos vendo no Amazonas é o SUS funcionando em sua plenitude, com resultados concretos para as famílias”, avalia o segundo vice-presidente estadual do União Brasil, Marcellus Campêlo, observando que o avanço consolida a política de modernização e descentralização da gestão estadual.
Com a fila de espera sob controle, o desafio agora é cultural: incentivar a doação de órgãos e fortalecer a consciência coletiva sobre o poder de salvar vidas. Assim, a cada nova cirurgia, o Amazonas reafirma que excelência médica e gestão pública eficaz podem coexistir no mesmo território.
O que antes parecia distante, cirurgias complexas, equipes de alta especialização, tecnologia avançada, hoje é rotina em Manaus. E, nas palavras do governador Wilson Lima, “essa é a prova de que a boa política transforma dor em esperança, investimento em resultado e o Amazonas em referência nacional em salvar vidas”.
