Atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, a Justiça Federal determinou a prisão temporária do deputado estadual eleito Saullo Vianna (PPS). A prisão foi cumprida nesta sexta-feira (7) pela Polícia Federal a 10 dias da cerimônia de diplomação dos eleitos no pleito deste ano.
Conforme a assessoria de imprensa do MPF, o deputado eleito é investigado por crimes de corrupção e de associação criminosa.
A assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que Viana chegou ao Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM II), no quilômetro 8 na BR 174, às 17h50 de ontem, e ficará, provavelmente, em uma cela comum por apresentar nível superior incompleto.
Estreante na política, Saullo Vianna foi o nono deputado mais votado na disputa da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM). Empresário do ramo aeroportuário, da região do Baixo e Médio Amazonas e com “raízes” em Parintins, Vianna foi eleito com 27,8 mil votos, sendo 6 mil de Parintins.
O empresário já atuou no Conselho Fiscal do Boi Caprichoso.
O partido que ele disputou eleição não fez coligação e ele foi o único eleito do PPS. Seu suplente é o atual Secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel da Polícia Militar Amadeu Soares (PPS), recebeu 10.9 mil votos.
A reportagem tentou contato com a defesa do deputado eleito, representada pelo advogado Marco Aurélio Choy, mas não obteve retorno.
Informação privilegiada
A Polícia Federal no Amazonas informou, por meio de nota, que deu cumprimento ontem a 03 mandados de prisão e de busca e apreensão “objetivando desbaratar esquema de corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional com o fornecimento de informação privilegiada de dentro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As ações de hoje são desdobramentos de uma situação criminal verificada em outubro de 2018 e que culminou com a decretação de prisão dos investigados e das buscas pela Justiça Federal”, diz trecho da nota disponibilizado à imprensa.
A PF encaminhou imagens do dinheiro apreendido e informou que a operação é decorrente da prisão em flagrante também de 01 oficial de justiça do TRE, em 05 outubro de 2018 por corrupção passiva. “Os nomes não serão divulgados, pois a investigação ainda está em segredo de Justiça”.
Texto: Larissa Cavalcante
fonte: www.acritica.com