Rede de proteção infantojuvenil recebe formação de projeto nacional de enfrentamento às violências sexuais

Para a primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro, é uma satisfação trazer um projeto de renome nacional para agregar na formação dos servidores do município.

Rede de proteção infantojuvenil recebe formação de projeto nacional de enfrentamento às violências sexuais Notícia do dia 17/10/2018

MANAUS AM: Um projeto de âmbito nacional está capacitando profissionais da rede de proteção de crianças e adolescentes da Prefeitura de Manaus para atuar, no enfrentamento às violências sexuais e autoproteção.

A capacitação teve início nesta terça-feira 16, e terá continuidade na quarta-feira, 17/10. As aulas estão sendo ministradas na Fundação Rede Amazônica, bairro Crespo, zona Sul. A formação integra o projeto “Crescer sem Violência”, do Canal Futura, em cooperação com a consultoria Childhood Brasil e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A idealização de capacitar os servidores do município é da Prefeitura de Manaus por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) e o Fundo Manaus Solidária.
 
“Ao todo 70 servidores de diversas secretarias municipais estão presentes nessa capacitação. Os profissionais escolhidos são os que trabalham diretamente com o público infantojuvenil, por exemplo, as assistentes sociais e psicólogas dos Cras (Centros de Referência de Assistência Social) e Creas (Centros de Referência Especializados de Assistência Social)”, informou o secretário da Semmasdh, Dante Souza.
 
Além da parceria da Prefeitura de Manaus, de acordo com a coordenadora de projetos do Canal Futura, Priscila Pereira, a iniciativa tem o apoio da Fundação Rede Amazônica, que auxilia não só com o conteúdo televisivo, mas também com projetos na área educacional e mobilização social.
 
“O Crescer sem Violência é um desses projetos, ele já tem dez anos. Ao longo desses dois dias vamos trabalhar conteúdos relativos à autoproteção, abuso e exploração sexual infantojuvenil para técnicos da saúde, assistência social e educação”, explicou Priscila.
 
Para a primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro, é uma satisfação trazer um projeto de renome nacional para agregar na formação dos servidores do município.
 
“Nós já desenvolvemos esse trabalho no executivo municipal, mas formar essa parceria com o Canal Futura e a Fundação Rede Amazônica é maravilhoso. Espero que seja a primeira de muitas capacitações que virão. Futuramente queremos ter a formação para o público que trabalha com crianças e adolescentes envolvidos com drogas”, pontuou Elisabeth.
 
Metodologia
O trabalho é desenvolvido por meio do kit educativo “Crescer sem Violência”. O material audiovisual e impresso do kit possui a metodologia de formação do projeto.  A didática se baseia em alguns programas e séries televisivas que servirão para a formação dos profissionais, além disso, eles aprenderão a atuar com o público vulnerável diretamente.
 
“São conteúdos que servirão para formação de equipes, mas também, conteúdos que falam diretamente com o público específico, ou seja, temos programas desde os primeiros conceitos de autoproteção, além do direito da criança de dizer não, para que ela ao longo da vida crie mecanismos para poder reconhecer que ela se encontra em uma situação de perigo, para que saiba pedir ajuda”, destacou a coordenadora de projetos do Canal Futura.
 
Etapas
A capacitação será dividida em três etapas com os seguintes temas: “Que Exploração é Essa?”, “Que Abuso é Esse?” e “Que Corpo é Esse?”. O projeto “Crescer sem Violência” irá contribuir no decorrer do processo de formação dos participantes, para ampliação da expertise dos educadores, famílias, crianças e adolescentes para reconhecerem o problema relacionado a tal violência, da mesma forma que irá propiciar os meios e maneiras de trabalhar a autopromoção com as diferentes faixas etárias.
 
“Para nós que vamos ser reprodutores de informações, é de suma importância que cursos como esse aconteçam, pois para efetuarmos um trabalho adequado precisamos estar qualificados. As atualizações que vamos receber agregarão muito conhecimento, principalmente para os profissionais que trabalham nos Cras e Creas, para que façam uma identificação correta de abuso e exploração sexual ao público infantojuvenil”, observou a assistente social, Nívea Moraes.
 
Texto: Alexsandro Machado e Silvia Calderaro /Semmasdh
Fotos: Marinho Ramos / Semcom