Feira de Drogas no Centro do Presídio de Parintins é suspensa temporariamente

Como no Brasil e em Manaus, Parintins não foge a regra. Os criminosos se organizam e se reagrupam. Matam-se e se agridem. Provocam motins e tentativas de fuga. Esperam como “carniça” os novos presos, detidos por crime de menor potencial, chegar a Unidade

Feira de Drogas no Centro do Presídio de Parintins é suspensa temporariamente Drogas, celulares e outros objetos retirado dos pavilhões foto Polícia Militar Notícia do dia 11/09/2018

A operação de transferência dos presos de Parintins para Manaus, realizada durante a segunda-feira, 10, de setembro, também confirmou o que vários cidadãos já sabiam. No interior da Unidade Prisional de Parintins, o comércio de drogas é concentrado, como se fosse bananas vendidas na feira. Também a distribuição, ou seja, o tráfico de dentro dos pavilhões para o restante da Ilha de Parintins é incontestável. Celulares e cadernos com as anotações dos supostos "clientes" e "aviões" apreendidos, ajudarão nessa perspicaz conclusão.

Como no resto do Brasil e em Manaus, Parintins não foge a regra. Os criminosos se organizam e se reagrupam. Matam-se e se agridem. Provocam motins e tentativas de fuga. Esperam como “carniça” os novos presos, detidos por crime de menor potencial, chegar a Unidade Prisional, para recrutá-los. Quem não é cooptado sofre com espancamentos frequente, ameaça de morte, tem irmãs abusadas sexualmente, ou são estuprados mesmo. Como bom corretivo. Dentro ou fora do sistema. Então pense com cuidado antes de querer se aventurar no crime. Pois dentro a "lei do silêncio " impera. 

O aparato da Polícia Militar e Civil sobrevive e faz o serviço como pode. Mesmo às vezes sem apoio. Mas cumpre de maneira honrosa o papel. Inclusive na madrugada do último domingo, abortou uma fuga em massa em pleno andamento. Quem sabe agora com a disputa eleitoral os candidatos a governador tenham boas e exequíveis propostas para esses homens e mulheres que dão a vida pela segurança. E investindo claro na estrutura.

Daqui a alguns meses ou quem sabe anos, teremos o “novo presídio " de Parintins, em plena construção na sede da Gleba da Vila Amazônia. Enfim os pais, mães, professores, alunos e comerciantes no cruzamento e redondeza da rua Nações Unidas e Jhonatas Pedrosas terão sossego. Isso mesmo, pois há décadas a antiga delegacia, que hoje é o presídio, resiste no meio contraditório de três escolas. E os moradores vivem em pânico quase total.

Tivemos 13 detentos da unidade prisional de Parintins foram transferidos, poderiam ser mais. Abria mais espaço para os que estão confinados, e para os novos hospedes. Pois no meio da polícia, mas medo do que ser preso o meliantes ou o “cidadão meliante”, teme mesmo é uma transferência para o presidio de Itacoatiara ou os presídios de Manaus. A feira de drogas no coração do presídio da Ilha, está suspensa, por enquanto.

 

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