Waldívia Alencar, Operação Concreto Armando e os três últimos governos do Amazonas

A princípio Policia e Ministério Público não emitiu nenhum informação de que algum dos governadores também estão envolvidos

Waldívia Alencar, Operação Concreto Armando e os três últimos governos do Amazonas Notícia do dia 19/04/2018

A engenheira Waldívia Ferreira Alencar única presa na operação "Concreto Armado" comandada pela Polícia Civil e Ministério Público do Estado MPE, na manhã de quarta-feira dia 18 de abril, em Manaus, foi nada mais e nada menos do que a secretária de infraestrutura do Amazonas nos governos de Eduardo Braga (MDB), Omar Aziz (PSD) e José Melo (PROS). Melo está preso desde dezembro e negocia prisão domiciliar.
O Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga a existência de um esquema de corrupção por meio de licitações fraudulentas e contratos superfaturados para realização de obras no Estado entre os anos de 2009 até 2015. Ou seja; último ano de Braga (renúnciou em 2010 para concorrer ao senado), três anos de Omar (pois ele renunciou em 2014 para concorrer ao senado) e quase dois ano de Melo. Tal esquema teria desviado milhares e milhares de reais. Esse dinheiro serviria para beneficiar a população através de obras, mas teve destino outros fins.
Em nota divulgada a Imprensa a Assessoria da Polícia Civil pontua. “As investigações apontam que WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR e familiares, em nome próprio e por intermédio de empresas, ao todo, se tornaram proprietários de vinte e três imóveis espalhados em mais de um Estado da Federação, a princípio, avaliados em mais de R$ 11 milhões de reais".
Até agora o que se tem de concreto mesmo é apenas a ligação de Alencar com os três ex-governadores citados acima de forma administrativa. Não tem acusação de participação dele com o esquema dela. Ao menos do conhecido da imprensa entre a operação e algum deles. Citar de outra forma seria leviano.
Mas, muito tem se cobrado no seio da população e alguns meio de comunicação o Ministério Público, a Justiça e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas da lentidão de fiscalizar, mapear, elaborar relatório e apresentar conclusões técnicas e práticas de várias obras fantasmas abandonadas de norte ao sul do Amazonas. A Assembleia Legislativa nem se cita, afinal, esparsos gatos pingados fiscalizaram algo nesse período.
A prática é comum. Se anuncia pacote de obras com milhares de reais, na época da eleição ou bem próximo. Libera o dinheirão para os cofres dos prefeitos, as empreiteiras, ou obra direta do estado, de forma célere finaliza umas, a metade fica inacabada e o restante no esquecimento. As obras do Alto Solimões e até no interior do Mocambo e Caburi Distritos de Parintins tem resquícios dessas obras fantasmas.
Quem sabe agora, dependendo do que Waldívia revelar, possa ajudar a saber para qual destino foi canalizado o dinheiro público que é recolhido com os impostos dos cidadãos. A ponta do iceberg boiou! Será?

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