Fotos Justinho Guimarães
Notícia do dia 05/04/2018
A arte e a luta das ruas terão voz, ou melhor, um grito forte de conscientização e valorização da cultura popular. Acontece nesta sexta-feira, 06, o evento denominado Grito da Periferia, que após oito anos paralisado volta para fazer uma manifestação pela cultura. A iniciativa é coordenada pelo INCA, Instituto Cultural Ajuri, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (SEC/Amazonas), e será realizada na Praça dos Bois, em Parintins.
O "Grito da Periferia" é um movimento cultural que reúne artistas, grupos populares, produtores criativos e apoiadores para desenvolverem ações, projetos e eventos que contribuam com o desenvolvimento sociocultural dos participantes e comunidades envolvidas. De acordo com o presidente do INCA, Marcos Moura, o evento “busca a promoção da diversidade e da identidade cultural amazonense, além de estimular a cidadania e o protagonismo juvenil”.
As atividades iniciam as 15:30hs, no auditório do Centro Educacional de Tempo Integral, Ceti, com a realização do Seminário de Combate à Violência "Mariele Vive". Um debate sobre a situação da juventude e das mulheres de Parintins, com exposição de ideias criativas para superação da violência através do esporte, cultura, arte e cidadania. Toda a comunidade parintinense é convidada a participar desta discussão.
Na Praça do Bois, a partir das 17h acontece o show de relançamento do projeto com participação de 16 atrações, reunindo mais de 150 artistas de diferentes linguagens artísticas. Um espaço criado para que os grupos participantes possam mostrar sua arte. O trabalho é coordenado pelo artista e B-Boy Pito, que tem expressiva manifestação na área da dança e pintura em Parintins.
O Grito da Periferia foi criado no município de Parintins em 2005 pelo folclorista Marcos Moura, com grande participação de movimentos jovens, artísticos e culturais. Naquele período, chegou a reunir mais de 350 artistas no auge de suas atividades, encerradas em 2010. Agora, estimulado pelo Instituto Cultural Ajuri (INCA), o Grito volta a ecoar com muita arte, contra a violência e a marginalização da juventude e das mulheres da periferia.
Texto: Eldiney Alcântara
