Seu João da Paz, partiu. Seu João, exemplo de Pai, de trabalhador e de Brasileiro. Assim todos os pais responsáveis, fez o possível para criar, ajudar e jamais abandonar os filhos. Jamais os abandonou. De maneira nenhuma. Também pudera, seu João Paz teve ao lado uma extraordinária esposa, amiga e companheira, a dona Eurídice. E como se reinventavam a maneira brasileira para conceder uma vida digna a família.
A partida de João, de forma repentina, na tarde dia dia 02 de abril, deixa a Ilha de Parintins mais órfão. Órfão de sua gente. Desse caboclo de fibra. Daquelas figuras comparadas e conhecidas como Santoca, Maria Ângela Faria, Porrotó, João do Carmo Careca, Armando Ganso, Maria Mariona e tantos outros que "partiu pra ficar".
As disputas dos Jogos Escolares JEPs não serão mais as mesmas. A arquibancada da Copa Alvorada de Futsal fica com um lugar "insubstituível". Os clássicos das equipes do Tupizão faltará "um" no alambrado.
A alegria do vendedor de "pimenta do reino" e bugigangas na frente do Mercado da Francesa se calou. Só naquele ponto foram 25 anos. O contraditório Beco Submarino, perdeu um dos mais ilustres moradores. As festas de bolero e forró não terão mais esse "pé de valsa". Pois agora, “naquela mesa” estará faltando ele . O entusiasta dos músicos e cantores locais vai torcer para vocês do céu.
Aquele senhor com óculos exóticos e camisas descoladas, incentivador do desporto da Ilha, se foi. Assim é a vida. O plano de Deus são únicos. Mesmo contrariado a agenda dos seres humanos.
Conhecemos seu João Paz e dona Eurídice na metade da década de 90. O casal torcendo para o filho Euler Leleu numa partida no antigo futebol de campo da Associação Comercial. Não parava um minuto de gritar, vibrar e ralhar os atletas. Queria ganhar. Mas gostava mesmo era do espetáculo das quatro linhas. E essa alegria nunca mudou. Esteja em PAZ seu João e torça do céu pela nossa cidade.
Hudson Lima (editor site ParintinsAmazonas)