O QUE É HIPERTENSÃO?
O que muitas pessoas, amigos e parentes, nos perguntam é, afinal o que é Hipertensão? Como pessoas magras e que parecem saudáveis podem ter uma pressão arterial tão alta quanto ao nosso colega do lado que pesa quase 100, ou mais, quilos? Bom, poderíamos a priori, pensar que pressão alta é sinônimo de pessoas obesas, os pesos pesados, mas não é bem assim.
Hipertensão
Hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição na qual ocorre um aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Toda vez que o coração humano bate, ele bombeia sangue para todo o corpo através das artérias.
A pressão arterial é a força com que o sangue exerce na parede das artérias e dos vasos sanguíneos. Quanto maior a pressão mais dificuldade o coração tem para bombear. A hipertensão pode levar a danos em órgãos e ao desenvolvimento de várias doenças, tais como insuficiência renal, aneurisma, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (Derrame) ou ataque cardíaco. A elevação da pressão arterial durante a meia-idade pode aumentar o risco de declínio cognitivo mais tarde na vida, isto é, podemos ter um decréscimo no nosso QI.
Pressão sanguínea normal consiste em um valor igual ou inferior à 120/80 mmHg (milímetros de mercúrio) onde 120 representa a medição da pressão arterial sistólica (pressão máxima nas artérias, aquela em que há a contração dos músculos do coração para bombear o sangue através do corpo) e 80 representa a medição da pressão arterial diastólica (pressão mínima nas artérias, em que há o relaxamento do músculo cardíaco). Denomina-se pré-hipertensos aqueles indivíduos que apresentam pressão arterial entre 120/80 e 139/89 mmHg (este estágio indica um risco aumentado de desenvolvimento de hipertensão). Considera-se hipertensão ou hipertenso, indivíduos com pressão arterial igual ou superior a 140/90 mmHg. hipertensão.
Você sabia que existem vários tipos de hipertensão?
A hipertensão pode ser classificada como essencial ou secundária. A hipertensão essencial é o termo utilizado para aumento dos níveis pressóricos (pressão) de origem desconhecida. Esta condição é responsável por cerca de 95% dos casos. A hipertensão secundária é o termo utilizado para aumento dos níveis pressóricos por uma causa conhecida, como no caso de doença renal, tumores ou uso de pílulas anticoncepcionais. Segundo o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta brasileira. O diagnóstico em mulheres (25,4%) é mais comum do que entre os homens (19,5%).
O que causa a hipertensão?
Embora as causas exatas da hipertensão sejam geralmente desconhecidas, há vários fatores que foram altamente associados com esta condição. Estes incluem: Fumar, Obesidade ou excesso de peso, Diabetes, Sedentarismo ou falta de atividade física, Consumo excessivo de sal (sensibilidade ao sódio), Consumo insuficiente de cálcio, potássio e magnésio, Deficiência de vitamina D, Consumo excessivo de álcool, Estresse, Envelhecimento, Uso de pílulas anticoncepcionais, Fatores genéticos e história familiar de hipertensão arterial, Doença renal crônica, Problemas nas glândulas supra-renais e tireóide ou tumores.
Quais são os sintomas da hipertensão?
Não há garantia de que uma pessoa com hipertensão apresentará todos os sintomas da doença. Cerca de 33% das pessoas realmente não sabem que têm pressão arterial elevada e isto pode durar anos. Por esta razão, recomenda-se realizar exames periódicos para aferir (medir) a pressão arterial, mesmo quando não estão presentes os sintomas. Pressão extremamente elevada pode levar a alguns sintomas, que incluem: Fortes dores de cabeça, Fadiga ou confusão, Vertigem (tonteira), Náuseas, Problemas de visão, Dores no peito, Problemas respiratórios, Batimento cardíaco irregular e Sangue na urina.
Como é que a hipertensão é diagnosticada?
A hipertensão pode ser diagnosticada por um profissional de saúde que mede a pressão arterial com o auxílio de um aparelho chamado esfigmomanômetro – um dispositivo com a braçadeira, manguito, bomba e válvula. Os valores das pressões sistólica e diastólica serão registrados e comparados com uma tabela de valores pré-definida. Se a pressão for maior do que 140/90 mmHg, o indivíduo será considerado hipertenso. A fim de realizar um diagnóstico mais completo, os médicos costumam realizar exame físico e pedir o seu histórico médico e de sua família. Médicos terão de saber se você tem qualquer um dos fatores de risco para a hipertensão, como tabagismo, colesterol elevado ou diabetes.
Se há suspeita de hipertensão, o médico solicitará outros exames para uma avaliação mais completa, tais como testes de eletrocardiograma (ECG) e ecocardiograma que medem a atividade elétrica do coração e para avaliar a estrutura física do coração, respectivamente. Exames de sangue adicionais também serão necessários para identificar as possíveis causas de hipertensão secundária e para medir a função renal, determinar os níveis de eletrólitos (sódio, potássio, magnésio e outros sais mineirais), os níveis de açúcar e os níveis de colesterol.
Como é tratada a hipertensão?
O principal objetivo do tratamento para a hipertensão é reduzir a pressão arterial para níveis inferiores a 140/90 mmHg ou até menores, em alguns grupos, como as pessoas com diabetes e as pessoas com doenças renais crônicas. O tratamento da hipertensão é importante para reduzir o risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca.
A pressão arterial elevada pode ser tratada clinicamente, modificando fatores de estilo de vida ou uma combinação dos dois. Mudanças no estilo de vida importantes incluem perder peso, parar de fumar, ter uma dieta saudável, reduzir a ingestão de sódio, fazer exercícios regularmente e limitar o consumo de álcool.
Se a pressão arterial é reduzida com sucesso, é aconselhável realizar exames frequentes e tomar medidas preventivas para evitar uma recaída da doença.
Como a hipertensão pode ser prevenida?
Os principais componentes para a prevenção da hipertensão consistem em mudanças no seu estilo de vida, dieta adequada e prática de exercícios físicos regulares. É importante manter um peso saudável, reduzir a ingestão de sal, reduzir a ingestão de álcool e reduzir o estresse. É importante diagnosticar, tratar e controlar a hipertensão em seus estágios iniciais. Isso também pode ser feito através do aumento da consciência pública e o aumento da frequência de exames para identificar a doença.
Por isso, se quiserem viver mais e com consciência do que se passa ao seu redor é melhor reduzir na quantidade de sal, de bebidas alcóolicas e iniciar uma caminhada de 30 minutos pelo menos 3 vezes por semana!
* Evaldo Nascimento da Silva, Fisioterapeuta Esp. Em Terapia Intensiva e Pós Graduado em Traumato-Ortopedia com Ênfase em Terapia Manual. Coordenador substituto da Fisioterapia da UTI da Fundação Hospital Adriano Jorge na cidade de Manaus.