Professores do estado em Parintins confirmam greve

Governo do estado propôs apenas 8% do reajuste, Comissão luta pelos 35% e aceita até 28%

Professores do estado em Parintins confirmam greve Reunião dos profissionais da educação de Parintins (foto Nildo Silva) Notícia do dia 17/03/2018

Professores, merendeiros, auxiliares administrativos, vigias e pedagogos que atuam na educação estadual de Parintins, confirmaram em Assembleia Geral sexta-feira dia 16, realizada na sede deles do SINTEAM local, no Bairro de Nossa Senhora de Nazaré, aderir à greve geral proposta em Manaus Associação de Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom).
O movimento paredista começa de forma oficial dia 22 de março, próxima quinta-feira. Mas na cidade de Parintins, na qual os profissionais de educação foram os primeiros a se insurgir contra a desvalorização da categoria, a nota de estado de greve começou dia 15 de março.
A categoria não aceitou o acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e o governador Amazonino Mendes (PDT). A Comissão de Parintins tem coordenação dos professores Gedeão Teixeira, Keila Nogueira, Rooney Barros e Valéria Fragata.
Segundo o professor Rooney a categoria cobra reajuste salarial de 35%, referente aos últimos quatro anos que envolve progressão vertical e horizontal, liberação dos professores para mestrado e doutorado, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Mas o governo Amazonino acenou com apenas 8% do reajuste, o que na avaliação dele é inaceitável nesse momento.
" A reivindicação agora é no mínimo de 28% , o governo Amazonino Mendes propôs apenas 8%. Temos Perdas de mais de 100% nos últimos quatro anos. Não sei o que aconteceu com o SINTEAM Manaus que não assinou a ata. O SINTEAM é nosso representante legal e ficou calado e não sabemos o motivo. Mas nós não iremos nos calar. Faremos uma ata e todos os dias os professores vão seguir um agenda pelo período da amanhã e a tarde na frente de uma escola. Também estaremos nas ruas. E depois assinar esse ata", comentou Barros ao site PARINTINSAMAZONAS.
A Comissão pediu que os pais e as mães não mandem os filhos para as escolas estaduais, pois os professores estão parados de greve. Também pedem apoio dos pais nas mobilizações.

*colaboração de Nildo Silva

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NOTA DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DO GOVERNADOR AMAZONINO MENDES


Em mais uma rodada de diálogo com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), o governador Amazonino Mendes assinou, nesta sexta-feira (16/03), os decretos de promoções verticais, para 3.516 professores que concluíram cursos de especialização, e do auxílio-refeição no valor de R$ 220 para todos os servidores da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade (Seduc), direto na folha de pagamento, e mais R$ 200 para o docente e/ou pedagogo que estiver em atividade na sala de aula, totalizando R$ 420.

O auxílio-alimentação, que a partir do dia 1º de abril não será mais oferecido via empresa privada, se estende até mesmo para o servidor que estiver em licença médica. Todas as promoções e o auxílio estarão nos contracheques dos servidores da Seduc no pagamento do mês de abril.

Durante a reunião na sede do Governo, bairro Compensa II, zona oeste, Amazonino Mendes atendeu, de forma democrática, a decisão da categoria e determinou que a Seduc mantenha o contrato celebrado com o plano de saúde da rede Hapvida para os servidores do órgão. Por orientação do governador, o Sinteam, em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), irá buscar medidas judiciais para que sejam cumpridas as cláusulas do contrato firmado com a Hapvida, para que os professores que atuam no interior sejam contemplados com serviços da rede de assistência do plano.

Data-base – O governador Amazonino Mendes, acompanhado dos secretários de Educação e Qualidade (Seduc), Lourenço Braga; de Fazenda (Sefaz), Alfredo Paes; e do procurador-geral da PGE, Paulo Carvalho, reiterou o compromisso assumido na última quinta-feira (15/03) com representantes do Sinteam, de pagar de forma gradativa, sem infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as datas bases dos anos de 2015 e 2016, conforme limite prudencial baseado na receita do Estado.

“Não posso infringir o que determina a Lei. De maneira responsável, limpa, transparente, por meio de um tempo de compromisso, o sindicato, o professor, vão acompanhar os números da Sefaz, e conforme condição, o estado vai pagando as porcentagens, de forma gradativa, das datas bases atrasadas”, frisou o governador.

Em relação ao pagamento da data base de 2017, estipulado pelo governo em 4,57%, ainda segue em análise pelo sindicato da categoria. A extinção da taxa de 6% do vale-transporte, já anunciada pelo governador, deverá ser efetivada após envio de mensagem e aprovação da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM).

Para o secretário de Educação, Lourenço Braga, os atos determinados pelo governador Amazonino são uma conquista para os docentes. “É um conjunto de conquistas significativas. Eu penso que a maior das conquistas é o fato dos representantes sindicais da categoria terem sido recebidos ontem e hoje pelo chefe do poder executivo em uma reunião ampla, aberta, comprometida com a verdade, mostrando números e indicando a possibilidade de fazer ou impossibilidade de se fazer pleitos”, comentou Lourenço Braga.

Estudos –A comissão formada pelo Governo do Estado e mais Sinteam estudará em conjunto outras demandas da categoria, como a revisão do Plano de Cargos Carreira e Salario (PCCS); o auxílio-deslocamento defasado há mais de 15 anos; as promoções horizontais; entre outras reivindicações.

O diretor do Sinteam, Raimundo Torres, informou que todas as negociações com o governo serão levadas a toda a categoria. Ele agradeceu a postura do governador em dialogar com os professores. “Isso é fato, positivo, porque nós estamos tendo a oportunidade de conversamos e fazermos mudanças naquilo que é necessário mudar”, comentou.

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