Professores da SEDUC/Parintins começam mobilizar SINTEAM para lutar pela progressão salarial

Professores no estado do Amazonas estão com quatro anos sem reposição salarial

Professores da SEDUC/Parintins começam mobilizar SINTEAM para lutar pela progressão salarial Encontro foi no bairro de Nossa Senhora de Nazaré onde a sede do Sinteam está instalado em Parintins (foto Hudson Lima) Notícia do dia 10/01/2018

Os professores de Parintins reuniram na manhã de terça-feira, 9, na sede Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) para iniciar movimento e buscar apoio do SINTEAM Manaus e de outros municípios para unidos cobrar do governo do estado as progressões dos servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) atrasadas há quatro anos.

O encontro de Parintins teve a coordenação dos professores Rooney Barros, da professora Keyla Regina e professor Pereirinha que é presidente do SINTEAM/Parintins.

Também na pauta da reunião foi discutido o parecer do Conselho Estadual de acompanhamento do Fundeb; Reajuste Salarial de 30%, sendo 25% de reposição da inflação (período de março de 2014 a fevereiro de 2017); mais 5% de aumento real só salário; Criação da Lei Estadual que regulamenta o rateio de possíveis sobra do Fundeb; Diminuição de 4 para 3 anos do tempo para Progressão por Tempo de Serviço; Assinatura imediata de todas as progressões, promoções e enquadramento que estão atrasados; cumprimento de revisão PCCR.
A professora Cici Castro, com mais 30 anos de magistério lamentou a falta de interesse do SINTEAM no estado de brigar pelos direitos dos educadores. Cici disse está decepcionada, pois a maioria dos dirigentes se porta mais como cabo eleitoral de candidatos, do que como líderes sindicais.

A professora Léa Costa disse está atenta e disposta a ajudar para todo Movimento a ser elaborado e executado pelos educadores pois não adianta a classe ter a data-base se não vem sendo cumprida. Léa festejou o fato do encontro ter tido a participação de vários novos professores, que assumem a partir de agora o objetivo de lutar pela categoria.

Os professores indagaram se as demandas aprovadas em Parintins estão sendo levadas a direção regional do Sinteam e o professor Pereirinha disse que sim. Ele lamentou inclusive que pautas estejam engavetadas. "Ano passado levamos tudo que foi aprovado de pauta a direção regional e até hoje não saiu nada do papel. São quatro anos que os professores estaduais estão amargando sem aumento. Tudo está aumentando. Gasolina, gás, alimento e o professor desvalorizado. Vamos tentar fazer outros municípios que estão com braços calados se manifestar. Buscar o apoio necessário", comentou.

O professor Evandro comentou que a luta será fortalecida, caso o SINTEAM Regional conceda o apoio, do contrário a classe fica enfraquecida. Já na avaliação do professor Paulo Pinto, mesmo o Sinteam Regional se omitindo ou não ajudando os demais professores nos municípios do estado, os educadores podem ingressar na justiça para conseguir os reajustes de salários.

Foram convidados para a reunião a professora Arineide Tavares do Sindicatos dos Professores Municipais de Parintins e também o advogado Juscelino Melo Manso. Arineide comentou sobre a luta dos educadores Municipais para que a prefeitura de Parintins pague o Abono do Fundeb e explique os gastos do dinheiro da educação. Juscelino tratou das possibilidades técnicas e jurídica pela qual a categoria se quiser, consegue acionar a justiça para garantir que o estado cumpra o deve constitucional. "Os tempos são outros e parece que os políticos que dirigem o Brasil, o estado do Amazonas e Parintins não percebem isso. Estamos vivendo novos tempos. Tempo que a sociedade exige transparência nas ações dos gestores", comentou Manso.

Os professores formaram uma Comissão para direcionar os próximos encontros. Segundo o professor Rooney Barros está definido para a próxima terça-feira nova assembleia na qual o Sinteam/Parintins vai convidar a executiva regional e também autoridades estaduais para esse encontro.

Na avaliação dos organizadores da reunião, esse é o primeiro passo para a discussão dos temas pautados, visto que como 2018 é ano eleitoral, os professores deverão correr contra o tempo e no máximo até o mês de março conseguir algum posicionamento concreto.

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