Professores protocolam denúncia sobre abono do Fundeb no Ministério Público de Parintins

Educadores pedem ao Ministério Público a planilha de gasto com obras e a lista "da caixa preta" da educação

Professores protocolam denúncia sobre abono do Fundeb no Ministério Público de Parintins Professores na frente do Fórum Notícia do dia 09/01/2018

Os professores de Parintins protocolaram ofício no Ministério Público, no Fórum de Justiça de Parintins, pedindo abertura de investigação para saber da prefeitura de Parintins sobre a questão do abono do Fundeb 2016/2017. O documento foi entregue na manhã de segunda-feira dia 08, na Secretaria do Ministério Público. No mesmo momento, mas na sede da prefeitura, o prefeito Bi Garcia, o vice-prefeito Tony Medeiros, o secretário de educação João Costa e vereadores anunciavam o pagamento do abono.

A Comissão de Luta em defesa dos direitos dos professores e o Sindicato dos Profissionais e Trabalhadores em Educação Pública do Municipal de Parintins SINPTEMPIN pedem que o Ministério Público esclareça onde foi gasto o dinheiro nas obras e quem recebeu esse dinheiro de pessoas lotadas na chamada "lista ou caixa preta" da educação.

O vice-presidente do SINPTEMPIN, Márcio Farias, comentou ao site PARINTINSAMAZONAS que o protocolo do documento é apenas o começo do cronograma definido durante assembleia. Indagado sobre a liberação do pagamento do Abono do Fundeb anunciado pelo prefeito Bi, após pressão dos professores, Márcio disse ser apenas um questão pontual. "Nossa classe está unida. A unidade será mantida. Não é assessoria do prefeito, secretários do prefeito, assessoria de imprensa do prefeito que vão dizer que estão certos e os professores errados. Ou nos certos e eles errados. Quem vai dá essas respostas agora é o Ministério Público. E nós enquanto classe unida de educadores faremos o acompanhamento de forma tranquila, transparente e inteligente", comentou.

Sobre a questão do prefeito Bi Garcia taxar durante a coletiva de imprensa, alguns integrantes do grupo de professores professores de "aproveitadores" e com intenção de fazer politicagem, Márcio disse que não podia avaliar o pronunciamento, pois não acompanhou. "Não vamos entrar nesse objeto de confronto pela questão política. Nosso ponto é a gestão dá SEMED e como se deu o processo do gasto e pagamento que num momento foi prometido. Depois não tinha mais dinheiro e agora apareceu o valor. Só posso dizer o seguinte: Assim como tem pessoas políticas no sindicato que podem ser contrários ao prefeito, o prefeito tem pessoas com vínculos políticos dele dentro do Sindicato. Mas o foco aqui é outro", afirmou.

Márcio salientou que todos os educadores, como sempre fazem, estão bastantes entusiasmados para retornar com força a sala de aula e prestar o serviço de ensinar, quando começar o ano letivo, independente da questão do abono do Fundeb. Para ele, o grupo que esteve no Fórum para entregar o documento, simboliza cada educador comprometido com a formação cidadã dos parintinenses.

A atrapalhada de sair e não sair o abono salarial dos professores gerou protesto contra a gestão do prefeito Bi Garcia e do secretário João Costa. O prefeito chegou a ir para o rádio anunciar não haver dinheiro para tal pagamento dia 29 e 30 de dezembro. Mas agora apareceu uma sobra e será pago, segundo a nota da prefeitura dia 10 de janeiro de 2017, será pago mais de mil reais, para 1559 educadores.


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Educadores na frente do Fórum 

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