Mais um dia de protesto encerrou na Praça da Catedral (foto Benito Gonçalves)
Notícia do dia 30/12/2017
Aproximadamente 150 professores da rede pública municipal de educação, voltaram a realizar na Praça da Liberdade, Câmara Municipal de Parintins e Praça da Catedral atos de protestos para reivindicar os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A prefeitura de Parintins através do prefeito Bi Garcia e do Secretário de Educação João Ribeiro Costa se comprometeu desde 13 de setembro de garantir o pagamento do abono. No mês de julho, dia 10, o Governo Federal repassou
valor de R$ 9.586.880,22 (nove milhões, quinhentos e oitenta e seis mil, oitocentos e oitenta reais e vinte e dois centavos), através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (AJUSTAMENTO DO FUNDEB 2016). O pagamento foi anunciado de forma oficial pelo prefeito, mas na última quinta dia 28 de dezembro, os professores foram receberam com surpresa a informação de que o dinheiro sumiu.
Dessa forma os professores concursados e do Sindicato dos Profissionais e Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Parintins - Sinptempin, estão nas ruas da Ilha em protesto.
Os educadores na Câmara mantiveram encontro com o presidente vereador Mailson Fonseca (PSDB) é mais três parlamentares. Os professores cobram um posicionamento dos vereadores para investigar o que houve com o dinheiro do abono do Fundeb. "Queremos saber como, quando, quanto e onde foi aplicado os recursos do Fundeb", disse professora Antônia Andrade.
Para a professora Leocarmem Muniz a prefeitura de Parintins deu calote nos professores, pois o dinheiro veio agora sumiu. Para ela a nota enviada à imprensa da SEMED e Prefeitura justificando o não pagamento, chega a insultar a inteligência dos professores. "A demanda de 61% que cresceu foram os filhos, mulher, irmãos, cunhados, sobrinhos e noras na folha. Palhaçada".
Os professores na Praça da Liberdade acompanharam as quase duas horas de pronunciamentos do prefeito Bi Garcia, no programa institucional da prefeitura, que é comandado pelo secretário de comunicação Gil Gonçalves, numa rádio local, dando novas justificativas para o não pagamento.
Nas redes sociais o professor Paulo, infelizmente o não pagamento já era esperado, faltava apenas ser confirmado. " O não pagamento do abono dos professores da Rede Municipal de Ensino de Parintins, já era algo anunciado sem precisar de muitos gritos. Os piores cegos foram os que batiam palmas e não prestaram atenção ao seu redor. Estou ao lado dos meus colegas professores, pois nossa classe sempre foi e sempre será desmerecida pelos homens dos poderes que são colocados em seus carguinhos por meio de votos de muitos. Porém, acredito que muitos dos que criticam hoje, estarão lá no local do Show da Virada, dizendo 3,2,1 Feliz Ano novo! Sejamos nós, responsáveis pelas Ações que queremos ver! Sou a Favor dos Professores!", escreveu.
Na avaliação do professor e jornalista Sebastião Torres a pergunta que não tem como calar nesse momento é "Onde foram parar os R$ 9.586.880,22 (nove milhões, quinhentos e oitenta e seis mil, oitocentos e oitenta reais e vinte e dois centavos) provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação recebidos pela prefeitura em julho desse ano, via (AJUSTAMENTO DO FUNDEB 2016), que seriam utilizados para o pagamento do ABONO AOS PROFESSORES MUNICIPAIS?"
No final da tarde nova concentração na Praça da Liberdade. E em caminhada, de bicicletas e motos os professores foram até a Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, onde realizaram nova assembleia extraordinária.
Coleta de assinatura foi aberta para abaixo assinado. Posteriormente será entregue ao Ministério Público pedindo investigação. "Vereadores não se esqueçam da última eleição, oito perderam, pois eram só bajuladores do prefeito" comentou uma professora mais exaltada no protesto para o pagamento do abono do Fundeb.
Durante a manifestação também os professores reafirmaram existir a ata na qual o prefeito Bi Garcia assinou se comprometendo com o pagamento."Não queríamos que chegasse a tanto, ninguém nos vendeu ilusões...Os números existem...só merecíamos respeito e que houvesse transparência...Pois nos foi garantido o abono mediante ata e assinatura. E no corpo do documento consta que foi garantido até o final do exercício de 2017. Segundo o secretario a folha estava folgadissima e agora o dinheiro sumiu Isso é repugnante. Vamos a luta", comentou a professora Claudia Bentes que até postou a ata com as assinaturas.
A professora Eliene Martins parabenizou os prefeitos de municípios muito menores e com orçamento menor do que Parintins que cumpriram o dever de pagar o abono dos professores. "Presentão de fim de ano: Um balde de água fria nos professores de PARINTINS. Falaram tanto nesse abono, prometeram em reuniões e assembleia e agora ta aí o resultado. Nada de abono meus colegas, não sobrou um centavo. A palavra não foi HONRADA mesmo assinada em uma ATA...Agora uma coisa é certa, essa folha de pagamento ta bem rechonchuda pra não sobrar nada Parabéns aos PREFEITOS de municípios menores que falaram e cumpriram!", comentou.
O vice-presidente do sindicato dos professores Marcio Miranda Farias buscou a figura do lendário "Adolfo Lourido" para protestar o não cumprimento da palavra do prefeito Bi Garcia e do secretário João Costa de não pagar o abono do Fundeb "PALMO QUE VIROU QUILOMETRO.
Quem realmente vendeu essa ilusão? Será que foi o lendário Adolfo Lourido? Que inclusive fora mencionado por causa de uma de suas anedotas, no dia do café alusivo ao dia dos professores no Amazon River pelo próprio alcaide. Vocês estão a um PARMO de receber o abono", escreveu Farias.
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(92)991542015
DOcumento da Ata com assinatura do Prefeito Bi, professores na Câmara, Praça da Liberdade, Nas Ruas e na Praça da Catedral
