Começa nesta segunda-feira processo disciplinar contra delegado que matou advogado

Corregedoria tem 40 dias para investigar tudo sobre o caso que resultou na morte de uma pessoal e mais três feridas

Começa nesta segunda-feira processo disciplinar contra delegado que matou advogado Delegado Sotero Notícia do dia 27/11/2017

O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Mariolino Brito, e a corregedora-geral da Polícia Civil na Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, delegada Iris Trevisan, lamentaram a tragédia ocorrida dentro do Porão do Alemão em Manaus envolvendo um delegado de polícia Gustavo de Castro Sotero, e pediram que a população continue a acreditar no sistema público de segurança. O foi caso classificado como isolado.
O advogado Wilson de Lima Justo Filho foi vítima de disparos de arma de fogo desferidos pelo policial civil. A vítima tinha 35 anos. Wilson Justo Filho, conhecido como Wilsinho, era presidente do PR de Novo Airão.

A esposa dele, identificada como Fabiola Rodrigues Pinto de Oliveira, de 31 anos, também foi baleada, mas segundo a Polícia Civil já teve alta. Outras duas pessoas também ficaram feridas mas já foram liberadas.
A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas instaurou sábado (25/11), um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o delegado Gustavo de Castro Sotero.
A Corregedora-Geral, delegada Íris Trevisan, determinou o imediato afastamento do policial e a retirada do porte de arma do policial.
O delegado está preso de forma preventiva e  foi autuado em flagrante por homicídio doloso e lesão corporal. Para o presidente da OAB-AM Marcos Aurélio Choy , a decisão do juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) atendeu o objetivo da ordem dos advogados. "Ele alega legítima defesa, mas entendemos que não há defesa, porque ele disparou quatro tiros contra o advogado. Deu dois tiros no primeiro momento e outros dois depois. Por mais que o advogado tivesse discutido com ele, a reação foi desproporcional. Entendemos como acertada a decisão do juiz”, declarou Choy
“Existe uma ameaça à sociedade sim. Existem outros episódios envolvendo o delegado, noticiados amplamente pela imprensa. Pugnamos pela demissão desse delegado a bem do serviço público. Não podemos aceitar que um agente de segurança pública do Estado saia dando tiro por aí em casa noturna onde todos nós, os nossos filhos, qualquer um de nós poderia estar hoje naquele caixão”, disse o presidente.
Nesta segunda-feira a Corregedoria começa a ouvir todas as testemunhas sobre o caso. A Corregedoria toma bastante cuidado com os procedimentos durante o seu processamento, ouvindo todas as partes envolvidas, analisando todas as provas materiais, para que não incorra nulidade futura. Após a conclusão do PAD, pode ocorrer uma punição, a nível de suspenção, advertência ou demissão”, explicou Trevisan.
O vice-governador do estado e Secretário Estadual de Segurança do Amazonas, Bosco Saraiva, depois da pressão dos internautas por mais de 24h nas redes sociais, defendeu a expulsão do delegado Gustavo de Castro Sotero da Polícia Civil do Amazonas.

*informações da assessoria de imprensa da Secom