Dilma diz que país não pode 'voltar atrás' e perder programas sociais

Governo enviou ao Congresso projeto de Orçamento com déficit de R$ 30,5 bi. Antes, em entrevista, ela afirmou que cortou tudo o que podia no Orçamento.

Dilma diz que país não pode 'voltar atrás' e perder programas sociais Notícia do dia 04/09/2015

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (4) que é compromisso do governo manter os programas sociais Minha Casa Minha Vida e o Fies, de financiamento estudantil. Ela disse que o país "não pode voltar atrás" e "não pode perder esses programas".

Mais cedo, em entrevista a rádios da Paraíba,Dilma disse que o governo cortou "tudo o que poderia ser cortado", em referência ao Orçamento de 2016, entregue com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. E afirmou que não cortou os programas sociais. Ela voltou ao tema em discurso de entrega de casas em Campina Grande (PB).

"Nós não podemos voltar atrás, nós não podemos perder aquilo que já conquistamos. O Minha Casa Minha Vida, não podemos perder, nós não podemos perder o Fies. Essa parte é compromisso do governo. O governo tem de zelar para que isso não ocorra", afirmou.

Durante o discurso, Dilma disse ainda que o governo "escolheu" gastar com o programa Minha Casa Minha Vida.

"Eu quero dizer para vocês que um governo faz escolhas. Um governo escolhe, vou gastar nisso ou naquilo. E nós escolhemos gastar com casa própria das pessoas que mais precisavam, das famílias que mais precisavam", disse.

'Ter fé'
Dilma falou também sobre o momento de crise econômica pela qual o Brasil passa. Ela disse que é preciso "ter fé" no país, que sairá da crise econômica "muito mais rápido", porque "nós nos unimos e juntos somos capazes de superar este momento".

"Então eu digo para vocês, olhando para o dia 7 de setembro, nós temos de primeiro ter fé neste país, ter fé na nossa própria força. Não sai de ninguém, não sai de uma força externa, não sai de outro país a força para superar as dificuldades", afirmou a presidente.

Dilma disse ainda que as pessoas devem colocar o interesse do Brasil acima de interesses partidários e convicções pessoais para o país superar o momento de dificuldade.

"Todo mundo, independente do interesse partidário, do interesse e da convicção de cada um de nós, nós temos de primeiro olhar o bem do Brasil, o bem deste país. É como na sua casa, na casa de cada um de vocês. Na dificuldade, se todo mundo ficar junto, supera mais rápido", disse Dilma.