FUNAI e SEIND são cobradas por tuxauas que ocupam Dsei/Parintins

Após chamar os indígenas de “baderneiros”, Paula ganhou apoio irrestrito do secretário Especial de Saúde Indígena (Sesai), Antônio Alves, que declarou, por meio de nota, que não vai exonerá-la do cargo e repudiou a manifestação, afirmando que não existe l

FUNAI e SEIND são cobradas por tuxauas que ocupam Dsei/Parintins Notícia do dia 04/09/2015

PARINTINS, AM – As lideranças indígenas das etnias hexkarianas e sateré maué que ocupam o prédio do Distrito Especial Sanitário Indígena (Dsei/Parintins) -a 325 quilômentros de Manaus - encaminharam ofícios a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai), e a Secretaria Estadual dos Povos indígenas (Seind) cobrando uma posição oficial de apoio ao movimento em Parintins. A ocupação já dura 13 dias. Os indígenas pedem a saída da coordenadora do Dsei, Paula Cristina Rodrigues, que teve a prestação de contas e o relatório de gestão, do exercício de 2014, reprovados em assembléia geral do Conselho de Saúde Indígena (Condisi), por indícios de irregularidades.

 Após chamar os indígenas de “baderneiros”, Paula ganhou apoio irrestrito do secretário Especial de Saúde Indígena (Sesai), Antônio Alves, que declarou, por meio de nota, que não vai exonerá-la do cargo e repudiou a manifestação, afirmando que não existe legitimidade para o pleito. Na opinião dos tuxauas e representantes das organizações a gestora agiu com discriminação e desrespeito a cultura e as tradições dos povos indígenas.  

 SAÍBA MAIS>> ____________

As lideranças hexkaryana e sateré maué, além das diversas organizações, recebem também apoio da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira ( Coiab). Nesta semana, as Câmaras Municipais de Nhamundá, Barreirinha e de Maués sinalizaram que se manifestarão a favor do movimento indígenas e também deverão pedir a saída da coordenadora.

__________________________  

 Na carta assinada pelas maiores autoridades das reservas indígenas das etnias hexkaryana e sateré-maué, as lideranças relatam a precariedade nos serviços de atenção básica de saúde, com prejuízo nos pólos bases das comunidades, além da falta de medicamentos e deficiência de logística e transporte de pacientes, bem como a péssima qualidade de alimentação servida aos doentes nas Casas de Saúde Indígenas (Casais).

 “Queremos a Funai aqui conosco, estamos ameaçados de sermos expulsos pela Polícia Federal. Também queremos o secretário dos Povos Indígenas, José Bonifacio aqui na Sesai, para conversar e apoiar o movimento”, disse o líder Hescariana, Levy Feyá.

 Os tuxauas denunciaram também a Funai, Seind e a Coiab que a coordenadora Paula Cristina e a  Ong Missão Caiua, incentivaram e financiaram um confronto entre indígenas, que por pouco não acabam em tragédia e reiteram o pedido de saída da gestora pela malversação de recursos públicos e por não existir mais clima de instabilidade administrativa para que ela continue no cargo.

 No relatório, encaminhado pelos tuxauas ao Ministério Público Federal que iniciou processo de investigação sobre a aplicação de recursos do Dsei/Parintins, o presidente do Conselho de Saúde Indígena ( Condisi), Manoel Nunes Filho, afirma que o Distrito fazia compras de alimentos, que segundo ele, nunca teriam chegado para os doentes nas Casais. “Eu afirmou e tenho como provar. A compra de R$ 20 mil tambaquis, de quase R$ 5 mil em maçãs, e de quase R$ 5 mil de água mineral são itens que nunca chegaram para as Casais, por exemplo”, afirmou o presidente do Condisi .     

 Documentos encaminhado a Funai, Seind e Coiab

 

 

 

www.deamazonia.com.br