Notícia do dia 19/08/2015
Manaus - Duas pessoas foram presas e um adolescente apreendido por suspeita de participação na morte do estudante Joeilton da Silva Pessoa, 21, no dia 18 de julho. De acordo com o delegado Ivo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o caso faz parte da série de 36 assassinatos ocorridos, em Manaus, entre os dias 17 e 19 de julho, deste ano.
A motivação, segundo a polícia, foi a disputa por pontos de comercialização de drogas no bairro Novo Israel, zona norte, e por uma dívida de R$ 50.
Jandson dos Santos Soares, 18, conhecido como ‘Deco’ e Antônio Maria da Silva Júnior, o ‘Júnior’, foram presos por volta das 16h, da última sexta-feira (14), no Novo Israel. O adolescente foi apreendido no mesmo local.
O assassinato do estudante aconteceu na Rua Jesus de Nazaré, no Novo Israel. “O Júnior, com a ajuda do adolescente, atraiu a vítima e efetuou o disparo na nuca. Consta nos depoimentos que havia uma dívida de R$ 50. Há também relatos sobre uma rixa entre eles, já que todos vendiam drogas naquela área onde aconteceu o crime”, afirmou Martins.
O delegado informou que nenhum dos suspeitos tinha passagem pela polícia, mas alegaram envolvimento com o tráfico de drogas.
Durante coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (19), os suspeitos disseram que não havia dívida, mas que a vítima teria feito ameaças na noite anterior ao crime.
Casos
Como havia antecipado ao Portal D24am, Martins informou que pelo menos dez autores da série de mortes ocorrida, em Manaus, já foram identificados pela Polícia Civil.
Até então, as únicas detenções relacionadas à série de mortes estavam relacionadas ao caso do sargento Afonso Camacho Dias, da Polícia Militar (PM), crime que, conforme hipótese considerada pela Polícia Civil, pode ter motivado a onda de assassinatos em Manaus. Ao todo, seis pessoas foram detidas e um dos atiradores, Kelvin Gamênha Peixoto, de 23 anos, acabou morto em confronto com a Polícia. Já o outro suspeito de disparar contra o sargento segue foragido.
“Temos algumas autorias definidas e outras delimitadas. Mandados estão sendo expedidos. O problema maior não são os mandados, mas identificar e atribuir as autorias. É um trabalho criterioso e precisamos investigar com profundidade”, afirmou Martins. //D24am
