Fotomontagem Movimento Popular
Notícia do dia 26/10/2017
Ser pego de calça curta" é uma gíria usada no sentido de ser pego de surpresa, inesperadamente. Foi mais ou menos assim que o deputado estadual José Ricardo PT deixou o prefeito Bi Garcia (PSDB), após articular no Tribunal de Justiça do Amazonas, o cancelamento da reintegração de posse da área do Pascoal Allágio e adjacências no sábado passado.
Zé ligou para o presidente do TJAM desembargador Flávio Pascarelli e consegui o feito. Além de ter sido o único político a "meter a cara" no meio das ocupações para encarar os invasores.
Prefeito Bi Garcia e o vice-prefeito Tony Medeiros buscavam entendimento com dois empresários para conseguir terras e de forma provisória assentar quem fosse despejado.
O clima tenso, esquentou mais ainda, pois mais de 1800 famílias instaladas no local, agora querem não apenas as terras, mas reconstruir as casas que eles queimaram ou desmontaram com receio da PM passar o trato durante a reintegração.
Bi reuniu com secretários e base aliada para traçar novas metas e não deixou de se queixar sobre o "problema causado por José Ricardo" que "fodeu" mais ainda os cofres da prefeitura para os próximos meses. É que agora, a administração municipal deve se virar nos trinta para conseguir parte do apoio logístico aos Sem Terras. Até a liberação de uma ajuda do governador Amazonino Mendes (PDT). Que pode demorar ou não.
Vários fornecedores da prefeitura que estão desde junho, julho e agosto sem receber da gestão Bi e Tony, estão apreensivos. Não recebem pois, segundo o prefeito, o governo estadual não passou recursos esperados em 2017. O medo é que Bi retarde mais o pagamento, justificando o investimento nas áreas ocupadas.
José Ricardo apareceu como o "Salvador da Pátria" para os Sem Terras e Bi virou o vilão. Afinal já pesa contra o prefeito a famosa promessa das "duas mil casas populares" mas essa é outra bronca.
Num ano complicado para Bi Garcia, nada mais do que um novo incômodo do último trimestre. O prefeito tucano tem de reagir.
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