O deputado Sinésio Campos (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) terça-feira (29) para fazer uma avaliação do resultado da eleição suplementar ocorrido no domingo (27) e que elegeu a chapa encabeçada pelo ex-prefeito Amazonino Mendes (PDT) e o vice, deputado Bosco Saraiva (PSDB).
De acordo com o petista, os números de votos nulos, brancos e as abstenções (não votantes), que somaram 1.016.635 de eleitores, ou seja, 49,61% do total, demonstraram o alto grau de insatisfação dos amazonenses com os candidatos que chegaram à reta final do processo eleitoral suplementar. “Trata-se de um resultado que precisa de uma reavaliação dessa forma de fazer política”, observou.
Sinésio Campos lembrou que 25,82% (603.914) dos eleitores não compareceram para votar nos candidatos Amazonino e Eduardo Braga (PMDB), enquanto 19,73% (342.280) anularam os votos e 4,06% (70.441) optaram por votar em branco. “Esse foi o som das comunidades, das ruas, dos becos e das vielas de todo o Estado. É que esses números sirvam de reflexão para toda a classe política”, reafirmou.
O petista destacou o desempenho da chapa formada por ele como vice e encabeçada pelo deputado José Ricardo (PT), que obteve mais de 181 mil votos no primeiro turno da eleição suplementar, no dia 6 de agosto. Ele disse que espera que o governador eleito saiba conduzir os destinos do Amazonas com mais acertos que erros nos investimentos nas áreas da educação, saúde, segurança e infraestrutura.
O deputado do PT disse esperar que o governador eleito siga o caminho do diálogo com a sociedade e os setores do comércio e da indústria para realizar um trabalho de gestão positivo. “Espero que o eleito não siga o mesmo caminho do presidente Michel Temer (PMDB) que está destruindo o país com medidas impopulares. Na verdade ele (Temer) é o presidente com o maior índice de rejeição popular da história do Brasil: 94%. Uma vergonha”, disse.
Reservas
Sinésio Campos explicou que apresentou à Mesa Diretora da Casa Legislativa proposta de Moção de Repúdio a medida assinada pelo presidente da República, que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) e abriu o local para o processo de exploração do minério na Amazônia. “Trata-se de mais uma atitude desastrosa desse governo que não representa o povo e que devemos combater todos os dias”, disse.
Em apartes os deputados Dermilson Chagas (PEN) e José Ricardo também criticaram a medida do Governo Federal. “É uma medida que não apresenta nenhuma contribuição aos povos da Amazônia. Não tem como base fundamental o desenvolvimento sustentável dos povos da floresta”, avaliaram os parlamentares.