Presidente do Caprichoso é ouvido no MP e promotor decreta segredo de Justiça

A linha de investigação do MP abre dois procedimentos a suposta fraude no resultado da festa e a suposta interceptação telefônica nos telefones celulares de Chico e Armando.

Presidente do Caprichoso é ouvido no MP e promotor decreta segredo de Justiça Joilto passou duas horas na sala do MP Notícia do dia 09/07/2015

O presidente do boi Caprichoso, Joilto Azedo, foi ouvido ontem, quarta-feira (08) pelo Ministério Público sobre a investigação que apura suposta fraude no resultado do Festival Folclórico de Parintins 2015. Joilto foi questionado pelo promotor Flávio Mota. A audiência no MP teve a duração de duas horas.

 

Na saída do Fórum de Justiça, o presidente do Caprichoso disse que a audiência teve um resultado positivo, na avaliação dele. “Foi tudo bem”, afirmou. O promotor informou ao blog deAmazônia que a partir de agora a investigação tramitará em segredo de Justiça. “Decretamos segredo de Justiça para não atrapalhar as investigações diante da repercussão que o caso tomou”, afirmou.

 

O Caprichoso venceu o Festival de 2015 com  pontos 1.254,3 contra 1.241,8 do Garantido. Em apuração de votos tensa, a diretoria do Garantido pediu a anula~ção das três noites do evento, proposta que foi negada pelas Comissões Organizadoras e Julgadoras do Festival. Um áudio que circulou nas redes sociais de suposta conversa entre Chico Cardoso, Armaando do Vale, e uma terceira pessoal identificada de Kid, revelaria uma provável trama na manipulação do resultado do festival, com aliciamento de jurados, em favorecimento ao boi Caprichoso. Também chamou a atenção dos promotores o fato de jurado ter dado nota 10 para o item ritual indígena do Caprichoso, que nem sequer foi apresentado na primeira noite, em que o boi azul se apresentou sob forte temporal. O Caprichoso venceu as três noites de disputa com diferença de 12,5 pontos.

 

Flávio Motta, que preside a investigação com a promotora Yara Albuquerque, disse ainda que o trabalho de investigação terá a duração de três meses, podendo ser prorrogado, se houver necessidade. “Ao final das investigações teremos um resultado se o MP irá oferecer denuncia, se arquiva o processo ou se prorroga as investigações”, acrescentou.

 

Além de Joilto também foram notificados a dar esclarecimentos, na condição de investigados, o teatrólogo Chico Cardoso, o empresário Armando do Vale, o advogado Marcio Azedo. O presidente do Garantido, Adelson Albuquerque também será chamado. “Não apontamos acusados aqui. Até pessoas que estão sendo ouvidas são vitimas também porque supostamente teriam sido gravadas ilegalmente”, afirmou o promotor. A linha de investigação do MP abre dois procedimentos a suposta fraude no resultado da festa e a suposta interceptação telefônica nos telefones celulares de Chico e Armando. O promotor Flávio Mota não deu detalhes se irá requerer investigação da Polícia Federal para saber se o áudio é autêntico e como foram feitas as escutas.

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