Sindicato dos professores denuncia perseguição política em Nhamundá

professor João Batista Neves leciona há 20 anos na comunidade São Antônio do Aduacá, juntamente com a esposa, onde construiram residência e vínculo familiar. Ele e a mulher foram transferidos para a comunidade Guarabi.

Sindicato dos professores denuncia perseguição política em Nhamundá Professores querem intervenção da Justiça de Nhamundá Notícia do dia 24/01/2017

Na manhã de segunda-feira 23,  professores de escolas municipais de Nhamundá saíram às ruas em protesto a uma medida imposta pela secretaria municipal de educação. A nova lotação do quadro de funcionários mudou vários profissionais de comunidades e isso causou revolta na categoria. Para parlamentares municipais, a mudança é fruto de perseguição politica.

A manifestação se concentrou as 10h na sede do Sindicato dos Profissionais em Educação de Nhamundá. Professores, administrativos, serviços gerais, país de alunos, vereadores e a comunidade saíram pelas ruas empunhando cartazes que exibiam a indignação sobre a transferência de professsores. A caminhada chegou até o fórum Municipal Desembargador Carlos Alberto de Aguiar Corrêa, em seguida até a Feira do Produtor, Centro, onde os professores expuseram os motivos da não aceitação da medida da secretaria de educação.

Segundo a presidente do sindicato, Eliana Duque, foram transferidos cerca de 30 professores, o que é considerado um número alto de mudanças. Ela afirma que "o objtivo dessa manifestação é reivindicar, fazendo com que esses professores retornem à sua base local". Eliana conta que foi procurada pelos docentes que afirmaram receber a portaria de transferência sem serem consultados e que não conseguiram falar com o secretário municipal de educação, Neto Carvalho.

O professor João Batista Neves leciona há 20 anos na comunidade São Antônio do Aduacá, juntamente com a esposa, onde construiram residência e vínculo familiar. Ele e a mulher foram transferidos para a comunidade Guarabi. João Batista afirma que a realocação vai afetar negativamente a família dele. "Essa mudança vai afetar muito a questão econômica e até do próprio trabalho. Tem que se deslocar muito cedo para outro local, depois de eu ter casa. É realmente muito difícil pra nós", crítica.

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Representantes do legislativo acompanharam a manifestação e mostraram apoio ao movimento dos professores. O vereador Ivan Paulain (PMDB) acredita que essa situação prejudica a vida dos professores. "Não estão fazendo uma manifestação política, mas sim reivindicando os direitos dos professores. Eu acho injusto eles serem deslocados de suas próprias comunidades, de onde nasceram e dão aula há mais de até 20 anos, para serem remanejados para comunidades distantes", defende.

O vereador Maurinho Nogueira (PDT) acusa o executivo de perseguição política. "Durante os últimos 4 anos não foi mudado nenhum professor, depois dessa eleição todos os professores que foram contra o atual prefeito estão sendo transferidos. A gente acredita que seja perseguição política", dispara.

Acompanhados pelos vereadores, o sindicato entregou documento ao Ministério Público para que possa intervir e anular as portarias de transferências dos professores. Uma audiência foi marcada para hoje a tarde, quando sindicato e secretaria municipal de educação devem discutir o assunto.

A reportagem tentou contato com o secretário de educação de Nhamundá, Neto Carvalho, para dar explicações sobre as transferências dos profissionais, mas o mesmo não foi encontrado na secretaria e nem atendeu as ligações telefônicas efetuadas para o celular dele com números finais XXXX9233.

Texto: Eldinei Alcântara

Fotos: Divulgação Sindicato Professores

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