Os moradores do município de São Sebastião do Uatumã (distante 246 quilômetros de Manaus), inconformados com a falta de energia elétrica na cidade há quase duas semanas, bem como falta de água e com isso, prejudicando o comércio local e o dia a dia da população, realizaram ontem (19) uma manifestação em protesto a falta de respeito para com os munícipes. A concentração começou as 16 horas e a manifestação que percorreu as principais ruas da cidade encerrou por volta das 20 horas em frente a Eletrobrás.
De acordo com um dos coordenadores do Movimento Acorda Uatumã, João Cunha, a população não aguenta mais o abandono que vive o município. "Estamos reivindicando nossos direitos. Estamos a quase 2 semanas sem energia e o prefeito da cidade, que deveria estar preocupado com o bem estar da população não está fazendo nada para reverter isso. Assim como os vereadores também, estão apáticos a esse caos", revelou Cunha.
Segundo o coordenador, a reivindicação também é pela falta de segurança na cidade. " O crime está correndo solto. Pessoas estão morrendo, sem respostas e assim, a população vive uma insegurança", ressaltou.
Outro coordenador do movimento, Higo Pimentel, relatou que as pessoas ficaram em baixo de chuva reivindicando melhorias para o município e a normalidade no fornecimento de energia. "Passamos em frente a prefeitura e seguimos para a frente da empresa Eletrobrás cobrar uma resposta. O gerente nos atendeu ás 20 horas e disse que o problema não é no motor, mas no disjuntor que não aguenta a carga", relatou o manifestante.
Segundo Higo, o prefeito Adalberto Leite (PSD) publicou em sua página no facebook que estaria conversando com o governo do Estado para conseguir um novo motor, mas o problema, apresentado pelo gerente da Eletrobrás é no disjuntor do motor. " O prefeito diz uma coisa e o gerente outra. Não sabemos quem fala a verdade, mas sentimos os problemas trazidos pela falta de energia elétrica", criticou Pimentel.
Cerca de 2 mil pessoas estiveram protestando nas ruas da cidade e o acordo ficou de que se não normalizasse até as 16 horas de hoje, uma nova manifestação será feita.