Auditoria no Garantido apresenta dívida de 36 milhões de ex-presidentes

Entre 1995 a 2000 o Garantido contraiu uma dívida é R$ 4.095 milhões, porém a auditoria não cita os nomes das pessoas que comandaram o bumbá nessa época

Auditoria no Garantido apresenta dívida de 36 milhões de ex-presidentes Auditoria no Garantido Notícia do dia 18/05/2015

O valor da dívida do Boi Garantido, entre tributárias e judiciais, é de R$ 36 milhões, referente ao período de 1995 a 2014. De acordo com o relatório apresentado pela F12 Contabilidade, responsável pela auditoria interna nas áreas administrativa e financeira no boi Garantido, entre 1995 a 2000 o Garantido contraiu uma dívida é R$ 4.095 milhões, porém a auditoria não cita os nomes das pessoas que comandaram o bumbá nessa época.

Na gestão Antônio Andrade, período de 2001 a 2002, a dívida é R$ 10.500 milhões. Na gestão José Walmir de Lima, período de 2003 a 2005, a dívida é R$ 4.877 milhões. Na gestão Vicente Matos que vai de setembro de 2005 a setembro de 2009 a dívida de R$ 4.090 milhões. Na gestão Telo Pinto, de setembro de 2011 a setembro de 2014, a dívida é de R$ 12.556 milhões.

O responsável pela auditoria, Fernando Fernandes explica que R$ 2 milhões de dívidas, contraída na gestão Telo Pinto, não houve prestação de conta e não há documentos comprobatórios, referentes ao ano de 2014.

A diretoria do Boi-Bumbá Garantido realizou neste domingo, dia 17 de maio, assembleia geral para mostrar os resultados da avaliação. A análise jurídica é somente dos três últimos anos de gestão da associação folclórica.

O presidente do bumbá, Adelson Albuquerque disse que as irregularidades detectadas serão encaminhadas para investigação do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM). “Aquilo que compete ao Ministério Público, vamos encaminhar para eles apurarem de forma correta as irregularidades, principalmente em relação a dinheiro público”, declarou.

O responsável pela auditoria, Fernando Fernandes, justifica que a demora da apuração foi pelas dificuldades de acesso aos documentos de empresas patrocinadoras. “Infelizmente temos que mudar o estatuto da associação para que as próximas presidências tenham a responsabilidade fiscal. Não tem essa obrigatoriedade no nosso estatuto. Então, abre-se um precedente para você fazer aquilo que não é o correto”, avaliou.

O ex-presidente do Garantido, Telo Pinto, presente na assembleia, questionou alguns valores apresentados e disse que não teria feito nenhuma confissão de dívida.