Dissidente: Presidente afastado do PT diz que governador Melo abandonou "companheiros"

“O governador José Melo fez uma faxina ideológica contra o PT no governo dele. E nós que o apoiamos ficamos a ver navios”, lamentou o dirigente

Dissidente: Presidente afastado do PT diz que governador Melo abandonou O presidente Vital Melo foi afastado do diretório municipal do PT por apoiar José Melo e depois das eleições foi “abandonado” Notícia do dia 06/05/2015

O presidente municipal do PT afastado Vital Melo, que se manteve fiel ao governador José Melo (Pros) nas eleições de 2014, contra a vontade da direção estadual e da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, lamentou, nesta terça-feira, 5, à Coluna Expressão, o fato de os “dissidentes” terem sido abandonados na atual gestão do Governo do Amazonas. Vital Melo e outros membros do partido que tinham cargos no governo, desobedeceram a decisão do partido de apoiar o candidato Eduardo Braga (PMDB) para apoiar a candidatura à reeleição de José Melo. Por conta desse comportamento, Melo e outros membros do partido foram afastados das funões de direção. “O governador José Melo fez uma faxina ideológica contra o PT no governo dele. E nós que o apoiamos ficamos a ver navios”, lamentou o dirigente, que busca a retomada do diretório municipal do partido. O governador adotou a máxima “por um pagam todos” com o PT e decepcionou aqueles que achavam que poderiam se dar bem em um eventual segundo mandato de Melo.

Prazo esgotado

Vital Melo espera até hoje o julgamento de um recurso na Executiva Estadual do partido para retornar ao cargo no diretório municipal. Ele foi afastado sob a acusação de infidelidade partidária, mas promete recorrer em todas as instâncias (a próxima é a Executiva Nacional) para retomar o cargo. Se não conseguir, ele diz que irá até a Justiça Eleitoral. “É a última coisa que eu quero fazer, para evitar expor o partido. Estou buscando o diálogo”, disse.

Instituição inócua

Durante uma palestra sobre Políticas Afirmativas na Ufam, nesta terça-feira, 5, o deputado estadual José Ricardo (PT), oposicionista ao Governo do Estado, “soltou os cachorros” para cima do Tribunal de Contas do Estado (TCE), afirmando que o “órgão não faria falta ao Amazonas se não existisse” e lamentou que haja dispositivos na Constituição Federal que obrigue a manutenção do tribunal.

Saia justa

Mas o que causou uma grande “saia justa” na palestra da Ufam foi o momento em que José Ricardo se voltou ao professor da universidade Gilson Monteiro e criticou a gestão do ex-governador Omar Aziz (PSD),  atual senador, dizendo que Omar sempre criou dificuldades para sancionar leis dos deputados aprovadas na Assembleia Legislativa.

Favor político

“O Omar sempre achava que sancionar as leis dos deputados devidamente aprovadas na ALE era fazer um favor para os parlamentares. Ele não entendia que a lei beneficiava a população e não o político”, disse. Em 2009, o professor Gilson Monteiro foi agredido dentro de sala de aula por um irmão de Omar, quando ministrava aula a acadêmicos de jornalismo. A agressão ocorreu após o professor criticar o político Omar Aziz na presença de uma sobrinha dele, que acionou o tio agressor.

Luvas de pelica

O deputado Luiz Castro (PPS) fez jus à expressão “tapa com luvas de pelica” ao responder com elegância às grosserias e ameaças de agressão disparadas pelo presidente da Câmara de Vereadores de Coari, Iran Medeiros, na semana passada. O parlamentar agredido disse que vai deixar para a Justiça revidar, de acordo com a legislação brasileira.

CPI da gasolina

Partiu do vereador Mário Frota (PSDB) e foi endossada pelo colega de partido Plínio Valério a proposta de criação de uma CPI para investigar os “constantes aumentos de preços” da gasolina em Manaus. Mário Frota disse que esteve recentemente em São Paulo e pesquisou os preços do combustível em 20 postos. O mais caro vendia o litro a R$ 3,30. Em Manaus, o preço médio é R$ 3,60. O problema é que em todas as vezes que a CMM criou CPI para investigar os postos de combustíveis, o consumidor pagou um preço ainda mais caro pela graça dos parlamentares.

Lavagem proibida

A dupla Plínio Valério e Mário Frota também é autora de um projeto de lei aprovado nesta terça-feira na CMM que proíbe a lavagem de carros e calçadas com mangueiras ou máquinas de pressão. O projeto também tenta limitar o uso de água por postos de lavagem de carro e obriga a instalação de hidrômetros individuais em condomínio, em substituição aos hidrômetros coletivos. A matéria vai à sansão do prefeito.//// Amazonas Atual