
Hoje, a Amazônia chora a partida de um de seus filhos, Antônio da Silva Barros, o Tio Pojó, um verdadeiro homem da terra. Com muitas décadas de histórias entrelaçadas com as águas do rio Limão, Pojó foi muito mais do que um vaqueiro respeitado ou um pescador nato — ele foi uma lenda viva.
Nascido sob o sol escaldante da Amazônia, Pojó carregava consigo a herança de sua gente, orgulhosamente negro e profundamente ligado às tradições caboclas.
Amante fervoroso do Boi Caprichoso, ele vibrava a cada festival, onde sua torcida era um testemunho de amor puro pelo seu boi.
Com muitos filhos, Pojó mostrou que o coração é capaz de amar sem medidas; apesar das escolhas da vida, ele nunca obscureceu o amor que dedicava aos seus. Pojó conquistava o respeito de todos que cruzavam seu caminho, seja pela honestidade de suas palavras ou pela generosidade de seu sorriso. Na minha lembrança fica um dos seus bordões: "quem já é esta jóia?", um reflexo de seu humor peculiar.
Hoje, enquanto as águas do rio Limão continuam seu curso, levando consigo as histórias compartilhadas com Pojó, nós lembramos com carinho e respeito deste homem que deixou um legado indelével na Amazônia. Que sua memória perdure como uma estrela guia para aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Descanse em paz, Tio Pojó. Sua jornada na terra pode ter chegado ao fim, mas seu espírito vive eternamente entre nós, como uma verdadeira lenda da Amazônia.
Nota de Falecimento
É com profundo pesar, que Família Barros Vasconcelos, comunica o falecimento de seu patriarca Antônio da Silva Barros (Pojó), ocorrido nesta manhã, dia 17/06/2024.
A família enlutada, manifesta gratidão à Deus pelo testemunho de fé e pelos sinais de bondade que seu patriarca, Pojó, deixou sobre a terra, rogando à Deus em sua infinita misericórdia que faça brilhar para a ele a luz divina e ele alcance a glória da Ressurreição.
Seu corpo será velado na Rua Corrêa Neto, Bairro Paulo Corrêa n 3605, casa do Reinaldo Barros.
Texto: Sandra Augusta Vasconcelos em 17 de junho de 2024