Neste dia 24 de junho de 2022 a Terra de Caprichoso e Garantido vive a grande expectativa para a retomada da disputa de arena no Bumbódromo depois de dois anos sem a realização. Interrompida devido ao desgraçado vírus da COVID-19.
Hoje é um dia de festa na Ilha de Tupinambarana pelos bumbás. Mas também dia de festa no Céu, com a chegada à morada do infinito de Walmira Oliveira e o senhor do Edmilson Mourão. Duas grandes personalidades que eu tive o privilégio de conhecer e conviver partiram para a eternidade. Deixando saudades eternas aos familiares que ficam, mas agora estão na Paz. Minha infância foi na Rua Urucará, bairro de Nossa Senhora de Nazaré. Nossa pequena casa ficava na ‘área de várzea’ daquele trecho.
Dessa forma, a casa toda de madeira era de “assoalho alto”, quase palafita, pois nela morávamos e ficávamos metade do ano no alagado e a outra metade do ano, no seco. A principal Rua Terra Santa desde aquela época nunca alagava. E nela, em frente à Praça Nossa Senhora de Nazaré morava o seu Edmilson Mourão.
Dentre várias qualidades, Mourão foi um batalhador pelo Esporte. Sempre estava envolvido nas competições: Copa de Férias, Campeonato de Nazaré, Campeonato Master.
Como seu Mourão era envolvido com o esporte da Igreja Católica, era o principal responsável pelo Campo do Barcelona. Esse campo ficava localizado ao lado direito da “Estrada” de acesso à antiga Olaria dos Padres. Seu Edmilson Mourão foi jogador, treinador, coordenador e tudo mais no time do Barcelona. A maioria dos filhos e sobrinhos também participaram. Era brincadeira animada. E nós curumins também na onda. Naquela época os muros não tomavam conta das casas. Como seu Mourão era ciumento daquele time do Barcelo e do Campo também. Bons tempos.
Nós, pequenos, corríamos pra tudo que é lado brincando. Era casa do seu Zé Leiteiro, da dona Raimunda, da Tia Lair, Tia Zeca, do seu Benjamin, da dona Carneiro e do meu padrinho César.
Depois fomos morar no meu bairro amado de São Vicente de Paulo. Quando em 1997 comecei no meio de comunicação, como entregador do Jornal Impresso Novo Horizonte, fazia entrega na casa de seu Edmilson. Quase todo final de semana tomava um bom cafezinho na residência dele.
WALMIRA
A querida Walmira Oliveira Valente, uma profissional de mão cheia como técnica de enfermagem, tinha o dom de ser parteira. Centenas e centenas de crianças vieram ao mundo com a ajuda de Walmira. Solidariedade aos familiares, aos filhos, filha e aos colegas de trabalho da secretaria de saúde.
Walmira, moradora da rua Fortaleza, Bairro de Palmares, tinha outro dom extraordinário: o da costura. A arte de costurar. Tanto que Walmira foi durante anos do ateliê de Caprichoso e também Garantido.
Lembro com alegria e emoção as várias vezes que precisei dos dotes de Walmira e ela prontamente atendia. Pois a minha filha Henoly sempre participava dos arraiás como boneca viva ou princesa. Henoly tem uma avó que costura ótimo demais que é a dona Rita Fragata. E quando dona Rita não podia, corríamos para a casa da Walmira e lá a mãe da Henoly convencia Walmira aceitar a missão. Era um vestido mais lindo do que o outro. Tudo numa pequena máquina de costura. Muitas brincadeiras, risos e diversas situações vivenciamos.
Walmira ganhou de presente de Deus a pequena Thayla. Uma princesinha que mudou para melhor a vida de todos que a conhecem. À polivalente Walmira, obrigado por tudo. Ao seu Edmilson Mourão, eterno presidente do Barcelona, um muito obrigado. Nossa Senhora de Lourdes os guarde na morada eterna.
Texto: Hudson Lima
(92) 991542015
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