Em nova visita ao Brasil, presidente de Portugal espera encontro mais proveitoso com Bolsonaro

Marcelo Rebelo de Sousa desembarcará em Brasília no dia 3 de julho para agenda, e torce para que o presidente do Brasil não cometa as mesmas gafes cometidas na agenda do ano passado.

Em nova visita ao Brasil, presidente de Portugal espera encontro mais proveitoso com Bolsonaro O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em foto de 24 de janeiro — Foto: Reuters/Pedro Nunes Notícia do dia 18/06/2022

Marcelo Rebelo de Sousa fará nova viagem ao Brasil, nos dias 3 e 4 de julho. O cronograma da visita do presidente de Portugal será marcado por uma recepção de Jair Bolsonaro e um almoço no Itamaraty, nos moldes da visita feita em agosto do ano passado.

 

A expectativa do entorno do presidente português é de que o encontro seja mais proveitoso do que o último. Fontes do governo de Portugal acreditam ser pouco provável repetir o constrangimento diplomático causado por piadas que Bolsonaro teria feito no encontro passado.

 

Segundo um interlocutor, há motivos para esperar que a reunião tenha outro resultado:

 

Em primeiro lugar, pela expectativa de os dois governos debaterem acordos que estão sendo fechados entre Brasil e Portugal, como por exemplo o Acordo sobre a Mobilidade entre os estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), aprovado no Congresso Nacional em fevereiro.

 

Nesta semana, o governo português também anunciou que vai acelerar a emissão de vistos de imigrantes para trabalhadores estrangeiros, membros de países lusófonos, estudantes universitários e nômades digitais.

 

Também é esperado que os dois presidentes mencionem no encontro o bicentenário da Independência do Brasil.

 

Há também a previsão de que Jair Bolsonaro e seu núcleo queiram aproveitar o encontro para fortalecer a imagem do governo, dentro e fora do Brasil, em ano de eleição em que seu principal adversário, o ex-presidente Lula, também explora o campo das relações exteriores.

 

A expectativa de outra fonte do governo de Portugal é de que seja "difícil, mas não impossível", repetir a saia justa de Bolsonaro do encontro passado. “Tudo vai depender do que o presidente Bolsonaro quiser falar”, revelou.

 

 

 

Por Gerson Camarotti - g1