Cunhã-poranga e pajé do Caprichoso protagonizam festa da resistência indígena

O Boi Caprichoso apresenta a “Festa da Resistência”, em reverência aos povos originários do Brasil, dentro do contexto do Festival Folclórico de Parintins.

Cunhã-poranga e pajé do Caprichoso protagonizam festa da resistência indígena Foto: Reprodução Notícia do dia 11/06/2022

O curral Zeca Xibelão se transforma em uma aldeia com a evolução da Cunhã-Poranga, Marciele Albuquerque, e do Pajé, Erick Beltrão, com as tribos indígenas para um grande ritual com a nação azul e branca, durante mais um ensaio temático da temporada 2022, que será promovido neste sábado, 11 de junho, a partir das 21h. O Boi Caprichoso apresenta a “Festa da Resistência”, em reverência aos povos originários do Brasil, dentro do contexto do Festival Folclórico de Parintins.

 

Com desenvoltura na dança, expressão corporal, domínio de espaço cênico, os itens individuais incorporam personagens em representação à mulher guerreira e ao curandeiro indígena. O ensaio temático realizado no curral Zeca Xibelão, com a Marujada de Guerra, músicos e cantores oficiais, intensifica a preparação da Cunhã-Poranga e do Pajé pelo Bloco B em julgamento nas três noites de disputa na arena do Bumbódromo, com o projeto “Amazônia Nossa Luta em Poesia”.

 

Confiante em conduzir o Caprichoso à mais uma vitória, Marciele Albuquerque afirma que o momento é de concentração, foco, interação e de reafirmação da segurança do item 09 para o espetáculo boi de arena. "Além do personagem que defendemos, estamos engajadas e envolvidas na causa das mulheres indígenas junto com os movimentos", afirma a Cunhã-Poranga que participou da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas e acampou com coletivo feminino dos povos originários de todo o país, em Brasília, em setembro de 2021.

 

Erick Beltrão também está determinado e sente uma enorme satisfação em representar o item pajé. "Nessa noite da resistência indígena, mostraremos a verdadeira luta dos povos e usaremos o que pudermos para defendê-los. Hoje, as nações lutam para sobreviver nesse país cheio de desigualdades. Para nos apresentarmos, será bastante significativo. Representar a cultura indígena é muito forte para mim, porque tenho esse sangue. A população de Parintins tem essa herança genética. As expectativas são as melhores para essa festa", revela o item 12.

 

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