Ciro pede união ‘de todos os candidatos e todos os partidos’ contra tentativa de golpe de Bolsonaro

‘Ou a sociedade e as lideranças políticas tomam providências já, ou chegaremos a um ponto sem retorno’, afirmou o pedetista

Ciro pede união ‘de todos os candidatos e todos os partidos’ contra tentativa de golpe de Bolsonaro Foto: Reprodução Notícia do dia 11/05/2022

O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, pediu na noite desta terça-feira 10 que todos os postulantes ao Palácio do Planalto se unam para denunciar a tentativa de golpe do presidente Jair Bolsonaro.

 

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o pedetista afirmou haver “indícios claros de que está em curso um golpe contra a democracia, cujo alvo são as próximas eleições”.

 

Segundo Ciro, “ou a sociedade e as lideranças políticas tomam providências já, ou chegaremos a um ponto sem retorno”. E emendou: “É preciso que todos os candidatos, de todos os partidos, sentem imediatamente à mesa para denunciar isto publicamente ao Brasil e ao mundo. Faço esta convocação e espero ser ouvido por todos os demais candidatos”.

 

A declaração de Ciro ocorre em meio a uma nova onda de alegações de Bolsonaro que tentam deslegitimar o processo eleitoral. Em 27 de abril, o ex-capitão chegou a sugerir que os militares fizessem uma apuração paralela dos votos. Na ocasião, repetiu fake news de que os votos seriam contados em uma “sala secreta”, na qual “meia dúzia de técnicos dizem ali no final: ‘Olha, quem ganhou foi esse’”.

 

Nesta terça, o jornal Folha de S.Paulo publicou um relatório da Polícia Federal indicando que os generais Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno participaram ativamente da ofensiva do governo contra o sistema eleitoral.

 

Os depoimentos reunidos pela PF mostram que a ação dos generais culminou com uma live feita por Bolsonaro em julho de 2021. Na transmissão, o ex-capitão disse que as urnas teriam sido fraudadas na vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves em 2014, mas não apresentou provas. A live levou Bolsonaro ao centro do inquérito das milícias digitais, no Supremo Tribunal Federal.

 

 

 

Por CARTACAPITAL