Bolsonaro amplia vantagens nas redes sociais contra Lula

Parlamentares do partido do presidente alcançam 16,2 milhões de seguidores em plataforma, número maior que a soma das bancadas dos adversários. Especialistas veem plataforma relevante na 'batalha de narrativas'

Bolsonaro amplia vantagens nas redes sociais contra Lula Lula (PT) e Bolsonaro (PL) Foto: Arte / Agência O Globo Notícia do dia 11/04/2022

A consolidação do cenário para a eleição, com o fim da janela partidária, mostra que o PL, além de se tornar a maior bancada da Câmara e ganhar espaço no Senado, reuniu um “exército de tuiteiros” capaz de turbinar a estratégia digital da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Levantamento do GLOBO aponta que os parlamentares da legenda alcançam mais de 16,2 milhões de seguidores, o triplo do número dos congressistas do segundo colocado, o PT, do ex-presidente Lula (5,3 milhões). O número também é maior do que a soma de todos os representantes das principais legendas que devem apresentar candidatos na eleição presidencial — além do PT, o PDT, do ex-ministro Ciro Gomes (842 mil); o PSDB, do ex-governador João Doria (3 milhões); e o MDB, da senadora Simone Tebet (1,5 milhão).

Com o reposicionamento da articulação política do Planalto ao longo do governo — Bolsonaro rompeu com o PSL, hoje União Brasil, e se aliou ao Centrão —, diversos deputados expoentes da chamada “bancada da selfie”, em função do uso intenso das redes sociais, aproveitaram a janela partidária e ingressaram no PL. No Twitter, agem de maneira coordenada para divulgar ações do governo e ir contra adversários. Na ação mais recente, um vídeo em que Geraldo Alckmin (PSB), indicado para vice de Lula, faz críticas ao petista, então seu adversário, foi disseminado.

 

Campo de batalha

De acordo com especialistas, o Twitter é a plataforma mais propícia para vencer as “batalhas de narrativas”. O uso de hashtags para dominar a lista de assuntos mais comentados do momento, a favor de algum tema específico, é um exemplo do uso para o confronto de discursos.

— A direita se organizou muito para vencer esses debates. Sem acesso aos meios de comunicação de massa, entendeu que a presença nas redes era necessária. E ajuda o fato de eles terem um discurso replicável, fácil de virar meme, bom para ganhar eleição. Eles construíram isso ao longo de anos — analisa o diretor adjunto da consultoria Bites, André Eler.

 

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