Professor que perdeu o Pai de 54 anos para a COVID-19, lamenta ação dos negacionistas: "A vacina poderia ter evitado a morte dele também. Como ainda existem pessoas que são contrárias a ela"

Para o Franciney Silva, seu Vanderley Silva, que morreu em janeiro de 2021, teria muitas chances de está vivo, se tivesse tido a oportunidade de tomar as vacinas contra o coronavírus.

Professor que perdeu o Pai de 54 anos para a COVID-19, lamenta ação dos negacionistas:  Notícia do dia 26/01/2022

O professor e umbandista Franciney Silva, ao relembrar que num texto do dia 25 de janeiro de 2022, fez um ano que a família dele perdeu o pai, o senhor Francisco Vanderley Carmo da Silva, que tinha 54 anos, vítima da pandemia da COVID-19, refletiu sobre a posição negacionista de alguns segmentos contra a imunização da vacina. No Brasil e no Amazonas mais de 60% das pessoas internadas atualmente com a infecção não tomaram nenhuma dose de vacina ou tomaram a primeira dose e não retornaram para tomar a segunda dose e dose de reforço. 

Para o Franciney Silva, seu Vanderley Silva, que morreu em janeiro de 2021, teria muitas chances de está vivo, se tivesse tido a oportunidade de tomar as vacinas contra o coronavírus.  Por isso ele lamenta essa onda negacionista contra a vacina. Seu Varderley era esposo da senhora Benedita Silva a Mãe Bena do  Centro Umbandista São Sebastião de Parintins. 

VEJA

"Há um ano eu vivenciava uma das piores cenas da minha vida. Há exatamente um ano o meu pai partia para junto de Deus. 
Quando meu irmão já doente, o que queríamos privar era a ida do meu pai e minha mãe ao hospital. Mas não teve como! Logo meu pai já com o vírus teve que ir, evoluindo rapidamente e espantosamente à morte.
No hospital era uma cena de guerra, em que muitos eram medicados no banco, no corredor, outros morriam há poucos metros de nós sem que tivessem a chance de receber a primeira medicação.
Tanta coisa... das idas e vindas do hospital, pude pela madrugada ajudar uma senhora que estava na cadeira sendo hidratada. Busquei uma maca para que ficasse mais confortada, logo depois fomos liberados e quando obrigados a retornar pela manhã não a encontrei mais. A morte teria a levado.
Meu pai já internado, finalmente, recebia a atenção dos médicos. Mas pouco podia ser feito, quando então fora decidido a ir para o CTI.
Meu pai morreu aos 54 anos, dois dias após o início da vacinação em Parintins. A vacina, assim como já evitou nesse ano várias mortes, poderia ter evitado a dele também. Como ainda existem pessoas que são contrárias a ela, para não se contrapor a sua própria ideologia e a paixão a um presidente assassino?
Só serão à favor quando sentirem na pele, e que não sintam, a perda de alguém querido.
Meu pai há um ano nos deixou, ficando a saudade da família e principalmente da sua esposa, a minha mãe, por ter perdido um grande companheiro"