Após dias de queda na popularidade digital motivada pelas férias durante as tragédias causadas pelas chuvas na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a crescer nas redes sociais com a internação nos primeiros dias de 2022. É o que mostra o índice de popularidade digital, medido pela consultoria Quaest, e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira 11.
Com o pedido de orações nas redes sociais e a exploração da imagem no hospital por aliados, Bolsonaro cresceu 14 pontos no índice medido pela consultoria. Ao todo, o ex-capitão chegou a 54 pontos nas redes sociais na primeira semana do ano, caindo para 52 nesta segunda-feira 10.
O movimento de recuperação, de acordo com a consultoria, repete o que ocorreu em julho do ano passado, quando o presidente cresceu 25 pontos nas redes sociais após ser internado por quatro dias com uma obstrução intestinal. Ainda que o ex-capitão negue que usa seu estado de saúde para fins políticos, bolsonaristas aliados creem que o episódio da facada deve aparecer na campanha presidencial, de acordo com o jornal.
A recuperação de Bolsonaro nas redes, no entanto, ainda não foi suficiente para recuperar a primeira posição do ranking, ocupada pelo ex-presidente Lula (PT) desde a sua viagem pela Europa, em novembro de 2021.
De acordo com a consultoria, a popularidade digital de Lula também foi impactada positivamente com o jantar em que se reuniu com o ex-governador e possível vice em 2022, Geraldo Alckmin. O encontro foi bem recebido pelas redes e fez Lula chegar a 60,3 pontos, mantendo a dianteira, segundo a Quaest.
Com a movimentação, o ranking fechado nesta segunda-feira 10 ficou assim: Lula tem 60,3 pontos; Bolsonaro tem 52; Ciro Gomes (PDT) aparece com 24,6 pontos; e Sergio Moro (Podemos) com 18,8. Nas últimas colocações entre os presidenciáveis estão João Doria (PSDB) com 17 pontos, Felipe D’Avila (Novo) com 14,4 e Rodrigo Pacheco (PSD) com apenas 11 pontos.
O índice de popularidade digital avalia, desde 2019, o desempenho de políticos nas redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google. A performance é medida em uma escala de 0 a 100 a partir do monitoramento do engajamento.
Fonte CartaCapital