Imagens nas ruínas da Casa da Cultura de Parintins serão apresentadas em livro 

O livro é da jornalista parintinense Sue Anne e é resultado da dissertação  na linha de pesquisa Sistemas Simbólicos e Manifestações Socioculturais. 

Imagens nas ruínas da Casa da Cultura de Parintins serão apresentadas em livro  Desenho Arte - Por que me abandonaste? autor Ivan Freitas Notícia do dia 04/05/2021

A jornalista e mestra em Sociedade e Cultura na Amazônia pela UFAM, Sue Anne Guimarães Cursino Pessoa, teve projeto aprovado no Programa Cultura Criativa 2020, Lei Aldir Blanc – Competição para concessão do 'Prêmio Feliciano Lana' destinadas a  Projetos Artísticos, Culturais e de Economia Criativa do Amazonas, para fazer a publicação do livro "Ruína E Criação: Relações Complexas Em Imagens Na Casa Da Cultura De Parintins”. Que trata da análise de 19 fotografias resultantes do Concurso de Painéis 'Natal Sem Fantasia' realizado em dezembro de 2015, com tema "Expressão artística livre sobre as paredes das ruínas da Casa da Cultura “Alzira Saunier”, localizado na Avenida Nações Unidas, idealizado na época pelo Movimento Parintins Sem Fantasia. 

Segundo fonte da SEC o livro de Sue Anne é resultado da dissertação  na linha de pesquisa Sistemas Simbólicos e Manifestações Socioculturais. 

O livro será divido momentos: O primeiro capítulo, intitulado Que Casa da Cultura é essa? Descreve as questões históricas e contextuais da Casa da Cultura, quanto à memória, comunicação e atuação da coletividade. O segundo capítulo, Pensar o complexo das imagens, trata da questão do método como estratégia do conhecimento, ou seja, a complexidade para a construção do conhecimento, norteadora de condução de pesquisa e reflexão’o terceiro capítulo, Pensar as imagens. Diante das intervenções visuais nas paredes da Casa da Cultura percebemos que o valor simbólico supera o valor material do local, de tal modo que não bastava tentar compreender isolando as imagens, as relações em sociedade e o tempo histórico.

“Imagine caminhar em um prédio construído há mais de 25 anos, frequentado por pessoas de diferentes grupos urbanos e sem um controle oficial sobre quem entra ou sai do local. O prédio está sem porta, sem janelas, sem tento e piso. Resíduos de lixo se espalham no chão e a vegetação cresce conforme a vontade da natureza. Olhamos para as paredes e percebemos pinturas, grafites, colagens, frases, pichos e poesias. São provas de que não estamos diante de um espaço parado ou abandonado. Dentro de um contraditório se trata de um lugar produtor de cultura, relações afetivas, ações nutridas de modo complexo entre ruína e criação”, cita a jornalista Sue Anne Guimarães Cursino Pessoa. 

Ocupação dos Movimentos Culturais na Casa da Cultura

A “Casa da Cultura de Parintins” foi abandonada no final da década 90, entre os anos de 1996 e 1997,  entre a gestão do ex-prefeito Raimundo Reis Ferreira e o ex-prefeito Carlinho da Carbrás (falecido em 2012). Teve até processo judicial  na esfera Federal, originário do recurso da União no valor de mais de R$ 400 mil reais destinados à época para a construção do que seria o Espaço da Cultura de Parintins. 

Em 2013, na gestão do ex-prefeito Alexandre da Carbrás, filho de Carlinhos da Carbrás, precisamente no dia 22 de agosto, foi realizado o primeiro Ato público do Movimento Parintins Sem Fantasia com a ocupação da Casa da Cultura em Parintins e derrubada das placas que há décadas escondiam as ruínas. 

(foto de No dia 22 de agosto de 2013, dia da Ocupação: Fonte Parintins Sem Fantasia) 

Já no ano de 2015, o resultado do concurso de painéis produzidos nas ruínas da Casa da Cultura em Parintins. Tema: NATAL SEM FANTASIA ficou assim: 1º Lugar - Arildo Mendes (Arte - Meu Natal!) 343 Pontos; 2º Lugar- José Augusto Tavares (Arte - Memórias da Corrupção) 339 pontos; 3º Lugar - Glaedson Nogueira Azevedo (Arte - Reflexo do (Des)Natal) 337 pontos; 4º Lugar - Ivan Freitas; (Arte - Por que me abandonaste?) 330 pontos. 

Tela Vencedora de Arildo Mendes que também é analisada e vai está no livro 

Atualmente na ruína da Casa da Cultura de Parintins, tem a  "Feira de Quintais" desenvolvida aos sábados pelo coletivo TEIA – Teia de Educação Ambiental e Interação em Agrofloresta, que tem como uma das principais incentivadoras a professora Fátima Guedes. 

 

Texto: Hudson Lima 

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