Jacaré da espécie Jacaretinga Caiman crocodilus é flagrado na rua no SENAC Parintins VEJA

Segundo a bióloga, por ser uma espécie mais generalista com relação a sua adaptação e comportamento, o jacaretinga é uma das poucas espécies de jacarés que pode ser observada nos igarapés urbanos em grandes cidades.

Jacaré da espécie Jacaretinga Caiman crocodilus é flagrado na rua no SENAC Parintins VEJA Jacaré atravessando a rua Massaranduba Notícia do dia 26/04/2021

Dois jovens numa motocicleta filmaram uma cena exótica na área urbana da cidade de Parintins. Um Jacaré da espécie Jacaretinga (Caiman crocodilus) atravessando na noite de domingo, 25 de abril de 2021, o asfalto da rua Massaranduba, próximo ao SENAC Matheus Penna Ribeiro de Parintins, no Bairro Dejard Vieira.  Os jovens jogaram a luz do farol da motocicleta enquanto faziam as imagens. 

O Jacaretinga de forma rápido sumiu no matagal que dá acesso Cabos e Soldados de Parintins e leva até a Ocupação do Pascal Allagio. Na cidade de Parintins o jacarés são sempre vistos na chamada “Lagoa Azul”, localizado na rua 3, do Bairro do Itaúna II. 

A bióloga Aldenize Viana da Silva, mestra em gestão de áreas protegidas,  Especialista em Licenciamento Ambiental e Especialista em gestão, perícia e auditoria ambiental, analisou a imagem e pelas características identificou que o réptil carnívoro é Jacaré da espécie Jacaretinga (Caiman crocodilus). "O jacaretinga pode chegar até 2,5 metros, sendo que as fêmeas são menores do que os machos. Apresentam cor amarelada e manchas pretas sobre o corpo e na cauda nos indivíduos jovens.  Já os adultos, apresentam coloração mais uniforme que varia de amarelo ao verde oliva. Esses répteis se alimentam, em condições naturais, de mamíferos, peixes, aves, répteis, anfíbios, insetos e moluscos. Porém, em ambientes alterados, como é o caso dos igarapés, poços e lagoas em áreas urbanas, os jacarés e outros animais silvestres precisam se adaptar em meio a sujeira para poder sobreviver”, comentou. 

Segundo a bióloga, por ser uma espécie mais generalista com relação a sua adaptação e comportamento, o jacaretinga é uma das poucas espécies de jacarés que pode ser observada nos igarapés urbanos em grandes cidades. "Na cidade de Manaus por exemplo, essa espécie é comumente observada em igarapés e lagoas poluídas. Parintins é uma cidade localizada no meio da floresta Amazônica, por tanto é comum encontrarmos ou visualizarmos animais silvestres que ainda habitam fragmentos de vegetação e igarapés no meio urbano. Crocodilianos como o Caiman crocodilus, conhecido popularmente como jacaretinga, é uma das quatro espécies de jacarés que ocorrem no bioma Amazônico, e é bastante visualizado em áreas urbanas”, disse.

Para Aldenize Viana apesar de viverem no meio urbano, isso não significa que estes animais estejam saudáveis, pois são animais que acabam ingerindo um grande volume de lixo como sacos, garrafas plásticas entres outros resíduos que não fazem parte de sua dieta natural. Isso torna-se um grande problema para saúde destas espécies, impactando negativamente sua biologia e conservação.  “O avanço urbano sobre ambientes naturais é um dos principais problemas ambientais da atualidade, diminuindo o habitat de espécimes da fauna amazônica, ou seja, o homem avança sobre o ambiente natural, limitando o espaço de movimentação da fauna silvestre, e possibilitando com mais frequência o encontro com esses animais. Parintins é uma cidade que cresceu bastante na última década, e isso é visível quando mencionamos a implantação de conjuntos habitacionais como o Residencial Vila-Cristina localizado em uma área de castanhal, entre outros empreendimentos localizados na zona períurbana da cidade de Parintins como a região de acesso ao Aninga e Pararanema, onde observa-se novas moradias e empreendimentos comerciais. O animal não foi colocado nesse ponto por acaso. Foi o homem quem invadiu a moradia dele. Ele pode ter um ninho na área ou ter saído para caçar, em busca de alimentação. Mas seria necessário uma avaliação na área. A reprodução deles é mais na vazante para a seca. É comum também o chamado banho de sol, mas o horário da noite eles saem para caçar. Mas como o ambiente foi alterado existem várias variáveis da presença dele nesse horário”, finalizou. 

VEJA VÍDEO (Imagens Adriano Paketa) 

 

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Texto: Hudson Lima 

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