Morre cantor Agnaldo Timóteo, por covid-19, no Rio de Janeiro

Agnaldo Timóteo fez grande sucesso nas rádios, nas décadas de 60 e 70, e brilhou na TV com álbuns dedicados a música internacional

Morre cantor Agnaldo Timóteo, por covid-19, no Rio de Janeiro Agnaldo Timóteo estava internado desde 17 de março - (crédito: Arquivo Pessoal) Notícia do dia 03/04/2021

Após piora no estado de saúde, o cantor Agnaldo Timóteo morreu,, aos 84 anos, em consequência da covid-19. Ele estava internado desde 17 de março no Hospital Casa São Bernardo, no Rio de Janeiro. O artista tinha apresentado melhora no quadro de saúde, e chegou a deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), indo para um leito de emergência. No entanto, apresentou sintomas fortes e precisou ser intubado pela equipe médica. Em nota, a família explicou que o cantor morreu às 10h45 da manhã deste sábado (3/4), após dar o "melhor" para vencer a doença. 

Agnaldo Timóteo nasceu em 1936 no município de Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde passou toda a sua infância. Na juventude, foi viver em Governador Valadares, e na década de 1950 trabalhou como torneiro mecânico. Ele iniciou a carreira interpretando músicas internacionais, e o auge da carreira ocorreu nas décadas de 1960 e 1970. Ele cantou nas rádios Inconfidência, Itatiaia, Mineira e Guarani, ainda no em solo mineiro.  No entanto, o sucesso meteórico no Brasil e no exterior ocorreu quando viajou para o Rio de Janeiro.

Em solo carioca, precisou trabalhar como motorista e andava quilômetros por dia até a Rádio Nacional, onde tentava emplacar uma de suas canções. Em 1963 chegou a gravar o álbum Tortura de Amor de Waldick Soriano, mas vendeu apenas 180 cópias, de mão em mão, pois a gravadora não acreditou no sucesso.

O cantor se apresentou, pela última vez, em janeiro de 2021, em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A live foi transmitida por padre Omar, respeitando todas as regras de distanciamento social e proteção contra o coronavírus. "Estou muito feliz! Muito alegre! Eu cheguei ao Rio de Janeiro no dia 31 de dezembro de 1960. É a primeira vez que eu tenho a alegria de subir aqui. A primeira vez que venho ao Cristo Redentor", admitiu Agnaldo na ocasião.

 

Texto: Renato Souza, Correio Braziliense e ESTADÃO