Uma fatalidade ocorreu com o jovem acadêmico do curso de Zootecnia da UFAM/PIN e funcionário municipal, Thiago Evangelista, de 26 anos. Ele sofreu infarto em casa, na noite de quarta-feira, dia 2 de dezembro, no Bairro de Santa Rita de Cássia e morreu antes de ser atendido no Hospital Jofre Cohen.
Thiago Evangelista, segundo o técnico em necropsia Benedito Pimentel, era cardiopata.
Thiago era muito trabalhador, atuava na função de eletricista e era lotado como guarda municipal da prefeitura de Parintins. Exercia a função de forma exemplar nas fiscalizações.
30 doses do “Beijo de Sogra”
O acadêmico foi até o bar “Confraria”, e permaneceu entre 20h até as 22h de quarta-feira. Junto de amigos e mais uma colega, no rua Fausto Bulcão, Bairro São Vicente de Paulo.
Consumiu sozinho 30 doses do drink denominado “Beijo de Sogra” num copo pequeno americano e mais água. O “Beijo de Sogra” é uma mistura de vodka, mais cachaça e mais corante de bolo.
O perito Jorge de Paula atestou a morte do eletricista de Infarto Agudo do Miocárdio e consequentemente falência múltipla dos órgãos. E o corpo não apresentava nenhum hematoma ou sinais de defesa.
injuria miocárdica
O médico cardiologista Osiel Souza analisou o caso de Thiago Evangelista e comenta que o jovem acadêmico, se fez consumo excessivo de álcool, conforme informou os colegas nas mídias digitais e era cardiopata teve intoxicação alcoólica, que causou a chamada injuria miocárdica. “A injuria é quando o paciente está todo intoxicado, o corpo reage e faz o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Dessa forma o paciente precisa ser medicado com urgência com coagulante e reverter a alcoolização por medicamentos básicos. Provavelmente esse jovem teve uma overdose de álcool, que causou a injuria miocárdica e provocou o infarto no coração e a morte dele”, analisou o cardioligsta.
Segundo o cardiologista, infelizmente no Brasil e no mundo é comum jovens apostar quem consome mais bebidas. Tomar entre 10, 20 e 30 copos de vodka, drinks de frutas, caninha e cachaça. “Tem jovens que entram em coma alcoólica logicamente e voltam ao normal depois. Mas quem é cardiopata ou tem outro problema no coração, essa brincadeira é um tiro na cabeça. Infelizmente ele morreu de infarto. Não morreu de overdose alcoólica. A overdose levou ao infarto e consequentemente a morte. A sequencia é ele teve overdose por álcool, que causou uma injuria miocárdica, entrou em coma, infartou e morreu. É a quantidade que leva a pressão dentro do fígado. Infelizmente”, afirmou o profissional de saúde.
Dono da Confraria lamentar morte
O gerente do estabelecimento “Confraria”, Negreiros Ribeiro afirmou a reportagem do site ParintinsAmazonas, que Thiago Evangelista, comentou que queria fazer uma surpresa para um amigo. Ficou no balcão pedido as doses e conversando. Depois pediu a conta, despediu-se de todos e saiu. “Ele não passou mal no estabelecimento como estão espalhando na cidade. Ele saiu daqui falando com todo mundo. Ocorreu uma fatalidade”.
Negreiros negou a ver competição na “Confraria” ou concurso para quem toma mais o drink. “É uma bebida normal, vendida e as pessoas pedem. Não obrigamos ninguém a tomar ou participar de competição. Estamos tristes e chocados com o ocorrido, lamentamos muito a família dele o sofrimento e temos respeito, pois também o conhecíamos”, diz.
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