Diante do aumento de casos de Covid-19 na região do rio Andirá, no Baixo Amazonas, o Distrito Sanitário Especial Indígena de Parintins (Dsei/PIN) firmou parceria com a Prefeitura Municipal de Barreirinha para ampliação nos atendimentos médicos em pacientes indígenas da etnia Sateré-Mawé.
A parceria visa diminuir a transferência de pacientes para o município de Parintins, evitando uma super lotação de leitos clínicos, realizando o tratamento na sede de Barreirinha.
O Dsei/Parintins existe há 20 anos e atende 17,2 mil indígenas nos municípios de Nhamundá, Barreirinha, Maués e Boa Vista do Ramos, mas nunca teve nenhum tipo de estrutura no município barreirinhense, que possui a maior população indígena do Baixo Amazonas, com cerca de 8 mil indígenas.
“O Dsei procura se estruturar, é um planejamento de três anos para implantar uma base permanente em Barreirinha. Estamos colocando dois técnicos de enfermagem indígenas, motoristas fluviais e terrestres, que formam uma equipe de cinco pessoas nesse momento. Mas a ideia é montar uma base fixa, e para isso procuramos o município para fazer parte desse processo”, explicou o coordenador do Dsei/Parintins, José Augusto ‘Nenga’.
Para o prefeito de Barreirinha, Glênio Seixas, a parceria é muito importante para que a população indígena tenha mais acesso à saúde pública. “Temos uma grande responsabilidade com a saúde do povo indígena, não somente nesse período de pandemia, como também em outras ocorrências”, afirmou Seixas.