Silêncio na Floresta. Neste dia 29 de setembro morreu em Manaus o cantor e compositor Klinger Araújo. Parintinense que nos anos 80 foi para Manaus e começou a tocar bolero nas casas noturnas. E logo depois soltou a voz nas toadas de Garantido e Caprichoso.
Ganhou espaço nas rádios da Capital e na época no fita K7 distribuía o ritmo do antigo “dois pra lá, dois pra cá” do Vermelho e Branco e do Azul e Branco. Morre Klinger Araújo que lutava contra o Coronavírus na SAMEL. Esse desgraçado vírus ceifador de milhares de vidas no Amazonas, no Brasil e no Mundo.
Morre o mestre dos mestres, como era carinhosamente chamado pelos colegas. Morre o inquieto ser humano que falava o que pensava sobre a direção tomada pela Festival de Garantido e Caprichoso. Não importando quem fosse o presidente, prefeito ou governador.
Morre um ser humano autêntico e irreverente. Ironia do destino. Hoje dia 29 fazem nove meses que Arlindo Júnior, ex-apresentador do Caprichoso, morreu. Klinger e Arlindo eram parceiros de décadas. Os tambores da marujada e da batucada ficam mais pobres pelo desaparecimento de Klinger Araújo: pai, filho, esposo e parceiro dos parceiros. Morre um menino que nunca deixou de sonhar e brincar de boi bumbá.
texto: Hudson Lima Koiote
Edição Mayara Carneiro
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