Notícia do dia 30/07/2020
A Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) analisa nesta quinta-feira (30) oferta de exames médicos durante ação no interior do Amazonas, em 2017, pela empresa Norte Serviços, por meio de processo indenizatório firmado junto ao Governo do Estado.
A denúncia de prestação de serviços com preços superiores no interior do estado foi revelada pela Comissão na quinta-feira (23).
Em ação investigada pela CPI, o processo referente à realização de exames de colposcopia/conização "apresenta valores com indícios de superfaturamento", além de conter irregularidades e contradições na montagem de notas e relatórios referentes aos quatro dias nos municípios de Envira (distante 1.207 km de Manaus em linha reta), Ipixuna (distante 1.364 km em linha reta da Capital) e Guajará (1.475 km).
Para esclarecimentos, a Comissão ouve nesta quinta a ex-gerente de compras, Narelda da Silva Barros, às 15h; e o ex-secretário adjunto de Atenção Especializada do Interior, Edivaldo da Silva, às 16h30. Na sexta-feira (31), serão ouvidos a ex-secretária executiva do Fundo Estadual de Saúde (FÉS), Maria de Belém Martins Cavalcante, às 14h; e médico responsável pelos exames, João Carlos dos Santos, às 16h.
A Norte é citada na investigação da CPI da Saúde pela prestação de serviços de lavanderia durante o período de combate ao coronavírus no Amazonas, também por meio de processo indenizatório, além de também figurar como prestadora de diferentes serviços para o executivo estadual desde 2016.
Investigações na saúde do Amazonas
Neste fim de semana, quatro pessoas presas durante a operação Sangria, suspeitas de envolvimento no esquema de superfaturamento na compra de respiradores pelo governo durante a pandemia, tiveram conversão da prisão temporária para domiciliar pelo prazo de cinco dias e deixaram os presídios de Manaus. São elas: Fábio José Antunes Passos, João Paulo Marques dos Santos, Alcineide Figueiredo Pinheiro e Luciane Zuffo Vargas de Andrade.
Outras três pessoas foram colocadas em liberdade com o fim do prazo da prisão temporária. Entre elas, a secretária de saúde do estado, Simone Papaiz, além dela, foram soltos: Perseverando da Trindade Garcia Filho e Cristiano da Silva Cordeiro. Já o governador Wilson Lima, do PSC, teve os bens bloqueados pela Justiça.
Neste domingo (5), a secretária de comunicação do Governo do Amazonas, Daniela Assayag, pediu exoneração do cargo. A Polícia Federal investiga o envolvimento do marido da secretária no esquema de superfaturamento na compra de respiradores para o Estado. Ambos são citados na CPI da Saúde.
Fonte: G1Amazonas
