'Petrobras está saindo do Amazonas porque sempre teve prejuízo com o monopólio da Cigás’, diz Josué

Josué também destacou que abrir o mercado do gás é deixar que novas empresas distribuam o gás no Amazonas

'Petrobras está saindo do Amazonas porque sempre teve prejuízo com o monopólio da Cigás’, diz Josué Josué Neto Notícia do dia 29/06/2020

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto afirmou nesta segunda-feira (29), que a Petrobras está saindo do Amazonas porque sempre teve prejuízo em relação ao monopólio da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e uma função social, onde sempre explorava o gás na Bacia do Urucu e entregava para companhia de serviços públicos.

“A Petrobras sempre teve prejuízo no Amazonas. Em alguns Estados a Petrobras ganha dinheiro, em alguns estados a Petrobras ganha pouco dinheiro e em outros estados ela perde pouco dinheiro, mas no Estado do Amazonas ela perde muito dinheiro porque suas operações são subsidiadas e ela paga para trabalhar no Amazonas isso há muitos anos”, afirmou o parlamentar.

Segundo Josué, nos últimos dois anos (2018 e 2019), “a Cigás não investiu um real na capital amazonense, ou seja, a empresa não explora o gás, nem muito menos tem interesse de explorar o gás do Amazonas”. Ele reforçou que já abriu mão da lei que seria resultado do projeto de sua autoria e disse que aguarda o Governo do Estado enviar uma nova proposta de lei ao Parlamento.
 
“Precisamos fazer com que os serviços continuem sendo prestados e a partir da Lei do Gás, não mais aquela lei que eu apresentei em março nesta Casa, isso é passado, já passou, a página já virou. Tem muita gente querendo criticar o Josué por causa da minha lei, não, no final o objetivo é de abrir o mercado. Minha lei é apenas um detalhe. Mas que venha do Executivo, a partir dessa Comissão que ele criou, a lei para abrir o mercado porque agora mais do que nunca, com a saída da Petrobras, vai obrigatoriamente abrir o mercado”, explicou o presidente do Poder Legislativo do Amazonas.

*Benefícios*
Josué também destacou que abrir o mercado do gás é deixar que novas empresas distribuam o gás no Amazonas, gerem novos empregos, invistam e paguem impostos, claro, que sejam revertidos nos setores públicos do Estado, principalmente nas áreas da saúde, segurança e demais áreas. 

“Temos gás em mais 19 municípios, são 16 blocos, só que tem um bloco localizado na extensão de Urucurituba e Itacoatiara, que são dois municípios próximos. É um bloco de gás que atende dois municípios, então, o recebimento de royalties vai para os dois municípios”, disse o presidente, que ressaltou que existem mais benefícios ligados a geração da energia elétrica, gás de cozinha e a baixa dos preços de diversos produtos para a população amazonense.