Arthur defende Melo e sugere que reportagem do Fantástico tem dedo de Braga

“Custo a crer que uma televisão se deixe manipular a esse ponto, por quem quer que seja”, diz Arthur, para em seguida apresentar os números da eleição e acusar Braga de travar um “terceiro turno” que, segundo ele, “insulta os eleitores amazonenses e, espe

Arthur defende Melo e sugere que reportagem do Fantástico tem dedo de Braga O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e o governador do Amazonas, José Melo (Foto: Divulgação) Notícia do dia 07/03/2015

MANAUS – Em texto publicado na página pessoal no Facebook, nesta sexta-feira, 6, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) saiu em defesa do governador José Melo (Pros) em função da anunciada reportagem do Fantástico sobre compra de votos nas eleições de 2014, e sugeriu que a matéria da Rede Globo tem o “dedo” do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, candidato do PMDB derrotado por Melo.

“Custo a crer que uma televisão se deixe manipular a esse ponto, por quem quer que seja”, diz Arthur, para em seguida apresentar os números da eleição e acusar Braga de travar um “terceiro turno” que, segundo ele, “insulta os eleitores amazonenses e, especificamente, os de Manaus”.

Arthur também fala das eleições de 2010 em que saiu derrotado para o Senado, e do uso de cartões magnéticos para pagamento de cabos eleitorais, prática abandonada pelo candidato do PMDB nas eleições de 2014. E questiona: “Por que Braga abandonou prática antes dita moderna e salutar? Não seria confissão implícita de que votos teriam sido comprados por essa via tão ‘elegante’?”

O prefeito credita a reeleição à “humildade de Melo”, à arrogância de Braga, às “avaliações positivas do governo de Omar Aziz e pela gestão que realizo em minha cidade.”.

Por fim, Arthur desafia Braga a enfrentá-lo na disputa de 2016 para a Prefeitura de Manaus, quando ele (Arthur) concorrerá à reeleição. “Se deseja retornar ao executivo pelo voto, faço-lhe uma sugestão: enfrente-me em 2016. Tiremos a prova dos nove. Mergulhemos na alma do povo e vejamos quem tem fôlego para voltar à tona.”

Eis o texto publicado pelo prefeito:

Votei em José Melo para Governador. Meu candidato venceu ampla e legitimamente as eleições. Seu adversário, Eduardo Braga, foi fragorosamente derrotado.
Há coisas estranhas no ar: A) consta que uma televisão veicularia, neste domingo, matéria denunciando suposta compra de votos pela campanha de Melo. E que isso teria “influenciado” o resultado do pleito. Custo a crer que uma televisão se deixe manipular a esse ponto, por quem quer que seja. Afinal, no segundo turno, Melo obteve, em Manaus, 545 mil votos contra 377 mil do adversário. Algo como 60% dos votos válidos para o vencedor. No cômputo geral, José Melo atingiu 869.992 votos e Eduardo Braga somente 696.465. Diferença mais que expressiva para o tamanho eleitoral do Amazonas: 173.527, dos quais cerca de 168 mil na capital do Estado. Eduardo Braga, com seu “terceiro turno”, insulta os eleitores amazonenses e, especificamente, os de Manaus.
B) Falando em fraude, é bom lembrar a eleição para o Senado em 2010, quando sofri verdadeira caçada humana, ordenada pelo então Presidente Lula e executada por Braga. Venci a disputa em Manaus e saí bem nas sedes urbanas do interior. As áreas rurais, que, estranhamente, apresentaram abstenção mais baixa que a das suas respectivas sedes, fato inusitado no Amazonas, foram responsáveis pela “derrota” que sofri. Pergunta que não cala: por que, em 2012, quando obtive 2/3 dos votos de Manaus, e em 2014, quando Melo se reelegeu governador, Braga deixou de lado os tais cartões de débito, que foram para as mãos de milhares e milhares de eleitores? Por que Braga abandonou prática antes dita moderna e salutar? Não seria confissão implícita de que votos teriam sido comprados por essa via tão “elegante”?
Em 2010, “perdi” por apenas 2% dos votos, apesar de todos mundos e fundos que movimentaram contra mim. Eduardo Braga, o Ministro dos aumentos exorbitantes de energia e combustíveis, agora se faz de vítima. Não aprendeu a lição. Foi derrotado pela humildade de Melo, por sua própria arrogância, pelas avaliações positivas do governo de Omar Aziz e pela gestão que realizo em minha cidade.
Continua soberbo, sem se dar conta de que o povo amazonense o repudiou. Disse não as suas pretensões. Preferiu o entendimento, a parceria, a compreensão…e não o mandonismo de quem se acha professor de Deus.
Se deseja retornar ao executivo pelo voto, faço-lhe uma sugestão: enfrente-me em 2016. Tiremos a prova dos nove. Mergulhemos na alma do povo e vejamos quem tem fôlego para voltar à tona. No mais, deixe Melo trabalhar e cuide de ser um Ministro de verdade, porque hoje está bem longe disso. Ministro de verdade não fala tolices, não é ridicularizado por jornalistas e nem leva pito nem de quem esteja presidindo a República.
O Amazonas precisa de paz para tocar sua economia, Eduardo, enfrentando os aumentos que diariamente você assina.
Um bom fim de semana a todos.

//Fonte: Amazonas Atual