Trump pede que americanos fiquem em casa e prevê coronavírus ao menos até julho

A médica Deborah Birx, que coordena a força-tarefa da Casa Branca em resposta ao novo coronavírus, afirmou que o pedido para o recolhimento domiciliar também se estende a quem não possui sintomas da doença.

Trump pede que americanos fiquem em casa e prevê coronavírus ao menos até julho O presidente dos EUA, Donald Trump, anuncia medidas de combate ao novo coronavírus Foto: Leah Millis - 16.mar.2020/Reuters Notícia do dia 17/03/2020

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (16) que os americanos devem permanecer em casa, evitem se reunir em grupos e viagens desnecessárias para conter a propagação do novo coronavírus. "Se todos cumprirem esses sacrifícios, nós conseguiremos derrotar esse vírus”, disse. 

De acordo com o chefe da Casa Branca, os EUA conseguiram nesta segunda dar início aos testes clínicos de uma vacina, parte essencial para o desenvolvimento de uma imunização. Donald Trump não quis dar prazos, mas afirmou que esses resultados “vão chegar logo”. 

Para Trump, a crise derivada da pandemia deve durar ao menos até julho. O presidente dos EUA também falou sobre o teste para a COVID-19 a que se submeteu. Durante a coletiva, ele afirmou que o exame foi feito por precaução e que não apresenta sintomas da doença. O resultado foi negativo.

Os Estados Unidos têm 4.008 casos confirmados do novo coronavírus. Até o momento, 70 pessoas morreram. Os casos acontecem em 49 dos 50 estados americanos. 

Casos assintomáticos 

A médica Deborah Birx, que coordena a força-tarefa da Casa Branca em resposta ao novo coronavírus, afirmou que o pedido para o recolhimento domiciliar também se estende a quem não possui sintomas da doença.  

“Se estamos pedindo essas ações, é porque sabemos que esse vírus pode ir de uma pessoa para a outra mesmo que a primeira não apresente sintomas”, afirmou. “Nós estamos pedindo para que se evitem aglomerações. Não só em bares e em restaurantes, mas também em casas”.

Já Anthony Fauci, que dirige o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, ponderou que apesar de parecerem “inconvenientes”, as medidas se justificam porque em caso de doenças infecciosas “você está sempre atrás do que acha que está”. “Por isso que nós queremos que os cidadãos americanos tomem essas medidas com seriedade”.

Da CNN Brasil, em São Paulo