É hora de união, de agir e reagir

Planejar, executar e ter bons resultados leva tempo. Não é de uma hora para a outra.

É hora de união, de agir e reagir Notícia do dia 12/02/2020

O ano de 2019, sem dúvida nenhuma, na cidade de Parintins foi o que mais teve execuções. Até quem não é antenado em dados estatísticos percebeu a ver uma guerra envolvendo traficantes. Os mortos. Bem, os mortos sempre com o mesmo perfil social. Jovens, de famílias abastardas, pobres, com pouca ou quase nenhuma frequência na escola. Currículo básico para o recrutamento dos traficantes.

No mês de outubro e novembro houve semana em que três foram baleados e executados. Apontar culpados é sempre mais fácil do que arregaçar as mangas e unir contra o problema, encarar e amenizar a situação.

Parintins não deve entrar em estado de pânico, por marginais que em troca de uma cabeça de pó ficam a soltar foguetes noite adentro.  Afinal, os grupos extremistas aderem à prática de soltar bombas em locais públicos e, dessa forma, causar “terror” numa localidade e pavor nos cidadãos. É agir e reagir à altura desse ser feito. Não podemos "romantizar o crime" de tráficantes que ainda tem audácia de prometer a paz. 

Seria ingenuidade dizer que o confronto entre os criminosos da FDN, Comando Vermelho, PCC, ou seja lá qual denominação, não chegou a locais pontuais de Parintins. Mas também é injusto não exaltar o trabalho de dezenas de pais e mães que atuam na Segurança Pública para manter a ordem. Assim como entidades que se tivessem mais apoio, fariam melhor ainda na prevenção desse aliciamento.  

O êxito do Gabinete de Crise da Segurança Pública, instalado no Amazonas no começo da semana pelo governo Wilson Lima e Carlos Almeida, para combater essas organizações criminosas, depende de ações conjuntas. Precisa ter uma super coalizão para conter o avanço dos criminosos. Que nos últimos 20 anos se instalaram nos presídios e agora saíram a Deus dará.

2020 é pleno ano de eleição municipal o tema segurança pública de certo vai aparecer. Mas não tem mágica e nem varinha de condão para resolver a situação. Planejar, executar e ter bons resultados leva tempo. Não é de uma hora para a outra.  Quebrar as células não somente pequena, mas as grandes que movimentam o tráfico na Ilha é apenas uma meta. Precisamos ter mais. Qual alternativa os jovens e famílias terão?

Vemos um exército de jovens e mulheres viciadas nos diversos tipos de drogas. Meninos e Meninas se prostituindo por uma “cabeça” de pó de dia ou da noite. Não acredita? Saia um pouco do teu mundinho.

Não se reage apenas com a repressão da força policial. Mas sim com a força das instituições consolidadas como Igrejas, Escolas, Associações de Moradores, Grupo de Jovens. Deve-se criar alternativas saudáveis para envolver nossos jovens, apresentar nova perspectiva e assim dissipar a escuridão.  

Se para alguns têm poderosos envolvidos com os criminosos, que essas pessoas sejam investigadas e punidas, afinal, seja Pastor, Padre, Militar, Juizes, Promotores ou Político, não deve tratar o crime como conluio para viver no bem bom. Enquanto o restante vive a mercê da bandidagem.

E mais ainda Parintins, o Amazonas e o Brasil não podem ajoelhar-se para a bandidagem. Pelo contrário “Eles” devem saber que uma hora a casa cai.

 

*Hudson Lima Koiote

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