Venezuelanos tentam desesperadamente sobreviver em Parintins. Não podemos fechar os olhos

Na cidade de Parintins o Governo Federal cataloga a presença de 53 Venezuelanos. Também pode ser mais

Venezuelanos tentam desesperadamente sobreviver em Parintins. Não podemos fechar os olhos Fotos Hudson Lima Notícia do dia 21/01/2020

Começaram a chegar em 2018. Uns mais jovens. Homens e Mulheres, quase imperceptíveis. No final de 2019 já tinha grupos. Agora em 2020 perambulam nas ruas crianças, jovens e mulheres Venezuelanas em Parintins. A crise política e econômica do governo de Nicolás Maduro é a base da imensa migração venezuelana. A cidade de Pacaraima, em Roraima, é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. Segundo o IBGE, o Brasil tem 30,8 mil de imigrantes venezuelanos. O número pode ser maior. Pois alguns entram de forma clandestina e não buscam os abrigos ou instituições. Na cidade de Parintins o Governo Federal cataloga a presença de 53 Venezuelanos. Também pode ser mais.

Aliás, pelos bairros e a noite a adentro é fácil encontrar além dos Venezuelanos, os Colombianos, Peruanos e Bolivianos que não se sabe a situação atual; imigrantes, refugiados, turistas ou nômades...

Ainda segundo o IBGE, desde 2015, já 1,9 milhões de venezuelanos abandonaram o país, de acordo com uma pesquisa da ONU, com medo da crise de Maduro. Trata-se da maior migração na história recente da América Latina. Os países de destino são principalmente Colômbia, Equador, Peru e Brasil...

É preciso não fechar os olhos para os Venezuelanos em Parintins. Pois aliciadores da  rede de tráfico de drogas estão de olho no recrutamento deles. A preço de banana. Ou os mais novos cair na prostituição e cachaça, pois a maioria mesmo não tem o que se alimentar...

Aqui e acolá são taxados de “preguiçosos”, “pedintes”, “fedorentos” e “índios”. Perambulam nos comércios, bares, baiucas e chamam a atenção pelo idioma diferente. Numa discriminação sem tamanho, perante a fama de acolhedor do povo Brasileiro, amazonida e parintinense. Talvez com alguma atividade de oportunidade possam desenvolver habilidades. 

Na frente das Casas Lotéricas e nas Agências Bancárias a cena capturada pela coluna Poder/Koiote está virando comum. Desesperadamente a família “pede” ajuda. É constrangedor a quem nega a ajuda, imagine para quem saiu fugido do país de origem, só com a roupa do corpo e agora tenta sobreviver.

Infelizmente a Cidade de Parintins, já com  problemas e estilos de cidade grandes, precisa desse olhar diferenciado para esse “novo” desafio.  Afinal devemos aprender a lidar com esses Los Hermanos, que ainda são poucos, mas não invisíveis....

 

* Hudson Lima Koiote 

[email protected]

[email protected]

(92) 991542015 

 

LEIA:

Chico da Silva sobre O Amor Está no Ar, Garantido e Caprichoso: Tudo é Folclore

Manaus, Manacapuru e Parintins receberam dinheiro Federal para ajudar imigrantes Venezuelanos

Para eleição 2020, ao menos quatro vereadores podem não disputar reeleição

Homem mete calote no gay e leva porrada na Ilha de Parintins