O Jornaleiro Alípio Joaquim da Silva...

A profissão é reconhecida pelo ministério do trabalho e sua descrição está relacionada na Classificação Brasileira de Ocupações, mas também está ameaçada

O Jornaleiro Alípio Joaquim da Silva... Affonso Piranha e o Jornaleiro Alípio Notícia do dia 13/12/2019

Segundo a Revista do jornaleiro, na sua edição de outubro de 2004, ao que tudo indica, os jornaleiros já contam com 150 anos de história na vida do país. Tudo teria começado com negros escravos que saíam pelas ruas gritando as principais manchetes estampadas nas primeiras páginas do jornal A Atualidade (primeiro jornal a ser vendido avulso, no ano de 1858).

Coube aos imigrantes italianos, chegados ao Brasil no século 19, a expansão da atividade, paralela ao desenvolvimento da imprensa no País. Na época, os “gazeteiros”, como eram chamados, não tinham ponto fixo, perambulando pela cidade com as pilhas de jornais amarradas por uma fita de couro, que carregavam no ombro.

A palavra “gazeteiro”, que também significa o aluno que costuma “gazetear” as aulas (faltar, sem que os pais soubessem), tem sua origem no jornaleiro, que era chamado de “gazeteiro”. É porque a criançada preferia ficar nas bancas, olhando os jornais e revistas, ao invés de ir para o colégio.

“Gazetta” era o nome da moeda em Veneza, no século XVI. Foi essa palavra que deu origem ao Gazetta Veneta, jornal que circulava na cidade de Veneza no século XVII. Com o tempo, “Gazeta” virou sinônimo de periódico de notícias. O nome “jornal”, que veio a nomear, depois, o “jornaleiro”, tem sua origem na palavra latina “diurnális”, que se refere a “dia”, “diário” – o que significaria o relato de um dia de atividades. Em 1876, o ajudante de impressor francês, Bernard Gregoire, saiu pelas ruas de São Paulo, a cavalo, oferecendo exemplares do jornal A Província de São Paulo. Mais tarde, o mesmo jornal tornar-se-ia O Estado de São Paulo, familiarmente conhecido como “O Estadão”. 

Devido a evolução das tecnologias e o surgimento das novas mídias, não se sabe qual será o destino dos jornaleiros, mas em Parintins, o advogado Affonso Piranha, leitor assíduo do site ParintinsAmazonas, que integra o Grupo RALLY AMBIENTAL PARINTINS, fez um breve e importantíssimo registro do mais antigo jornaleiro ainda em ativadade na Ilha de Tupinambarana: Alípio Joaquim da Silva. 

Acompanhe o texto do advogado  Affonso Piranha.

"Tive o prazer de encontrar nesse Domingo no Mercado Leopoldo Neves em Parintins, o nosso querido Alípio Joaquim da Silva, nascido em Rosário do Oeste, Mato Grosso.
Seo Alípio chegou em Parintins há 20 anos, disse que veio enviado pelo Espírito Santo e guiado por São Pedro, não conhecia ninguém na cidade assim como não tem nenhum parente, vive da renda de um pequeno sítio no Rio Mamuru onde vai aos finais de semana, durante a semana é jornaleiro onde desfila na cidade com a sua possante bicicleta toda turbinada.
O nosso jornaleiro Alípio é uma pessoa simples, educado e muito atencioso, todos o cumprimentam e conversam com eles.
O mundo precisa de mais Alípios como o nosso querido jornaleiro, uma profissão em extinção, mas eu compro o jornal pra vê o sorriso estampado em seu rosto é a alegria contagia como uma criança.
Pra quem ainda não sabe, o jornaleiro Alípio já é considerado pelo Mago Babalú, uma lenda viva em Parintins.


Valeu seo Alípio, foi  um prazer imensurável conversar com você e dizer que o povo de Parintins te ama e te abraça.Bom Dia e ótima semana!!

 

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