Polarização entre Bolsonaristas e Lulistas precisa ser quebrada para o bem da democracia, avalia Ciro Gomes em Manaus

Sobre sua votação no Estado, Ciro explicou que pretende se aproximar da população. Além disso, ele afirmou ser a favor de maiores debates sobre administração pública, para que velhos paradigmas sejam quebrados e que crenças religiosas sejam deixadas de lado na hora de escolher os representantes políticos.

Polarização entre Bolsonaristas e Lulistas precisa ser quebrada para o bem da democracia, avalia Ciro Gomes em Manaus Notícia do dia 29/11/2019

O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, durante o primeiro dia de visita a Manaus para cumprir atividades oficiais do seu partido, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), comentou sobre o processo político de 2016 e ainda de 2022 que já está sendo antecipado devido à pseuda polarização entre Bolsominios e Petistas.

Além de conversar com a imprensa sobre temas como meio ambiente, reforma tributária e o caldeirão político vivido no país, Ciro ministrou uma palestra para alunos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Em 2018, Ciro Gomes ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições, no Amazonas, com 138.997 votos (7,50%). Buscando novos adeptos, o representante do PDT está em Manaus para participar de encontros com membros da juventude e empresariado local.

Ele disse que vê quase como um obrigação ser candidato a presidente em 2022 em virtude dos rumos que o País está tomando com o governo Jair Bolsonaro. "Eu tenho muita vontade de presidir o Brasil. Essa vontade já está se tornando uma responsabilidade grave diante do que está acontecendo", afirmou.

Com pensamentos contrários à política implementada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Ciro foi questionado sobre a comparação com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sendo considerado ‘um Bolsonaro melhorado’, em relação aos ataques.

“É melhor ser comparado com uma porca prenha, que se eu parir, dou bacurins. O Bolsonaro foi 28 anos um sanguessuga no Parlamento brasileiro. Nunca deu um dia de trabalho a ninguém. É ligado a política mais suja do Rio de Janeiro. Todos os parceiros estão presos: Eduardo Cunha, Sérgio Cabral... Eu fui o prefeito da capital mais popular do País e o governador do Estado mais popular do País. Ganhei um prêmio mundial pelo combate à mortalidade infantil, administrei a economia do Brasil, ajudei a fazer o Plano Real. O Bolsonaro votou contra. O PT e o Lula votaram contra. Não tenho precedentes, inquéritos. Bolsonaro é ligado às milícias do Rio de Janeiro. Ele tinha seis funcionários fantasmas, que pegava o dinheiro e colocava no bolso. Ele mesmo disse. O povo brasileiro estava anestesiado pelo ódio ao desmonte que o PT produziu. O povo votou em protesto”, disse Gomes.

 

Ciro ainda rebateu as declarações feitas por Jair Bolsonaro durante a abertura da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (FesPIM), realizada ontem, 27/11, no Studio 5, zona Sul de Manaus. Na ocasião, o presidente citou a  revogação do decreto que estabelecia o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar e impedia a expansão do cultivo por áreas sensíveis do País, como Amazônia e Pantanal.

Para Ciro, esse pensamento contra o meio ambiente é fruto de uma pessoa que não conhece a região e nem se esforçar em conhecer. “Isso é uma proposta absolutamente estúpida, só possível de ser afirmada por alguém que nunca se deteve para conhecer o Brasil de verdade. O Bolsonaro explora um sentimento de abandono que o povo amazônida tem em relação ao poder central e tirou uma votação extraordinária por causa disso, porém, é um grosseiro equívoco para quem conhece a Amazônia, como eu. Já administrei uma seca na Amazônia quando ministro (...) São várias Amazônias dentro de uma só. O que precisamos fazer é um projeto que preserve o que temos e consiga desenvolver economicamente tudo o que for feito pelo Governo e pelo Estado. Não precisamos de flexibilização de leis ambientais”, salientou.

Sobre sua votação no Estado, Ciro explicou que pretende se aproximar da população. Além disso, ele afirmou ser a favor de maiores debates sobre administração pública, para que velhos paradigmas sejam quebrados e que crenças religiosas sejam deixadas de lado na hora de escolher os representantes políticos.

Auditório ficou completamente lotado

Reforma Tributária ataca a ZFM

Nesta sexta-feira, 29/11, Ciro Gomes se reunirá com empresários na Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL). Um dos temas que será debatido serão as propostas de Reforma Tributária que já circulam tanto no Senado quanto na Câmara Federal.

Durante a entrevista coletiva de hoje, Gomes se posicionou afirmando que ambas serão golpes fatais à Zona Franca de Manaus (ZFM). “Nenhuma das duas propostas que estão tramitando são do Governo. Ambas ferem de morte a Zona Franca de Manaus, porque não são sequer merecedoras do nome de ‘Reforma Tributária’. Elas são uma tentativa de simplificação tributária, que delas, nasce um monstrengo, pois a lógica é criar um IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Fazendo isso, você acaba completamente com os incentivos fiscais do Nordeste e da ZFM. Essas duas propostas são inaceitáveis. A do Governo não conhecemos. Então, temos que esperar, porque as que estão tramitando, tem esse defeito, além de outros graves como sub-tributar os ricos e super tributar as pessoas de classe média e os pobres”, explicou.

“Para mim, a ZFM tem que ser preservada e criar um conjunto de incentivos adicionais para verticalizar e interiorizar o adensamento de valor nela. Praticamente abandonamos esse esforço”, conclui.

Críticas ao PT

Em 2003, Ciro Gomes foi nomeado ministro da Integração Nacional pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hoje, rival político, ele afirmou que o ex-presidente deixou o poder subir a cabeça ao ponto de se achar um ‘deus’, acabando assim com a sua trajetória política e se corrompendo.

“O Lula não fez mal ao Brasil organicamente como Bolsonaro está fazendo. O problema do Lula é o caudilhismo e o fato de ter deixado o poder subir a cabeça. Aí se corrompeu. Lula se considera um deus. Hoje, ele se acha acima de tudo. Ele colocou a Dilma sem experiência nenhuma. Se colocou como candidato sabendo que não poderia ser para ganhar o apelo popular. Claro que ele sabia de toda corrupção que vimos nos últimos anos”, frisou o representante do PDT, que ainda explicou que a polarização entre Bolsonaristas e Lulistas precisa ser quebrada para o bem da democracia brasileira.

Com informações site : Todahora.com

 

FOTO: DIVULGAÇÃO

 

Reforma Tributária ataca a ZFM

 

Nesta sexta-feira, 29/11, Ciro Gomes se reunirá com empresários na Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL). Um dos temas que será debatido serão as propostas de Reforma Tributária que já circulam tanto no Senado quanto na Câmara Federal.

 

Durante a entrevista coletiva de hoje, Gomes se posicionou afirmando que ambas serão golpes fatais à Zona Franca de Manaus (ZFM). “Nenhuma das duas propostas que estão tramitando são do Governo. Ambas ferem de morte a Zona Franca de Manaus, porque não são sequer merecedoras do nome de ‘Reforma Tributária’. Elas são uma tentativa de simplificação tributária, que delas, nasce um monstrengo, pois a lógica é criar um IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Fazendo isso, você acaba completamente com os incentivos fiscais do Nordeste e da ZFM. Essas duas propostas são inaceitáveis. A do Governo não conhecemos. Então, temos que esperar, porque as que estão tramitando, tem esse defeito, além de outros graves como sub-tributar os ricos e super tributar as pessoas de classe média e os pobres”, explicou.

 

“Para mim, a ZFM tem que ser preservada e criar um conjunto de incentivos adicionais para verticalizar e interiorizar o adensamento de valor nela. Praticamente abandonamos esse esforço”, conclui.

 

Críticas ao PT

 

Em 2003, Ciro Gomes foi nomeado ministro da Integração Nacional pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hoje, rival político, ele afirmou que o ex-presidente deixou o poder subir a cabeça ao ponto de se achar um ‘deus’, acabando assim com a sua trajetória política e se corrompendo.

“O Lula não fez mal ao Brasil organicamente como Bolsonaro está fazendo. O problema do Lula é o caudilhismo e o fato de ter deixado o poder subir a cabeça. Aí se corrompeu. Lula se considera um deus. Hoje, ele se acha acima de tudo. Ele colocou a Dilma sem experiência nenhuma. Se colocou como candidato sabendo que não poderia ser para ganhar o apelo popular. Claro que ele sabia de toda corrupção que vimos nos últimos anos”, frisou o representante do PDT, que ainda explicou que a polarização entre Bolsonaristas e Lulistas precisa ser quebrada para o bem da democracia brasileira.