Marcelo atribui material apócrifo a Arthur, prefeito diz que vai processá-lo por calúnia eleitoral

Marcelo atribui material apócrifo a Arthur, prefeito diz que vai processá-lo por calúnia eleitoral Marcelo fez acusações contra Artur, que respondeu dizendo que o adversário não tem provas sobre o que fala / Foto: Rhenata Guerreiro / CREA Notícia do dia 12/09/2016

O candidato a prefeito de Manaus pela coligação “Mudança para transformar”, Marcelo Ramos (PR), convocou uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, para denunciar o que ele chamou de crime eleitoral e uso de caixa 2 na campanha. De acordo com Marcelo Ramos, a cidade amanheceu “inundada” de panfletos apócrifos contra ele, que foram jogados nas ruas de diversos bairros. “São panfletos apócrifos, sem CNPJ, claramente fruto de caixa 2 e claramente com o objetivo eleitoral”.

O candidato do PR, acompanhado do candidato a vice-prefeito na chapa, Josué Neto (PSD), atribuiu a autoria dos panfletos ao candidato à reeleição, Arthur Virgílio Neto (PSDB). Sem apresentar provas, Ramos disse que “tá claro pra nós, até pela mensagem contida nesse panfleto, que esse panfleto é decorrente de caixa 2 da campanha do prefeito, candidato à reeleição, já que a mensagem do panfleto é exatamente a mesma mensagem que os candidatos a vereador deles começam a veicular na propaganda de TV”.

Arthur reage

O prefeito Arthur Virgílio Neto reagiu imediatamente após a entrevista de Marcelo Ramos, com a divulgação de uma nota em que afirma que vai processar o candidato do PR por calúnia eleitoral. “Mais uma vez esse rapaz faz acusações sem provas. Quem se sente prejudicado por outro deve ir à Justiça e provar suas acusações. É isso que vou fazer: apresentarei agora a terceira notícia crime contra ele neste pleito, dessa vez por calúnia eleitoral. Além disso, só tenho a dizer que nas mãos de quem não está preparado para liderar, o desespero político acaba resultando em atitudes desesperadas”.

O panfleto jogado nas ruas traz uma montagem do governador José Melo (Pros) segurando uma máscara do candidato Marcelo Ramos, e a frase “Melo é Marcelo. Marcelo é Melo.” Questionado se a relação que o panfleto de um suposto apoio do governador à campanha dele lhe era prejudicial, Ramos disse que o incômodo é porque a informação é inverídica. “O governador de uma declaração dizendo que não participaria da campanha, até porque o governo tá cheio de problemas e ele precisa se concentrar no enfrentamento desses problemas”.

Os advogados da coligação de Marcelo Ramos disseram que vão ingressar no TRE com pedido de direito de resposta na propaganda dos vereadores que fazem campanha negativa contra ele e com uma notícia crime na Polícia Federal para investigar a origem do material apócrifo e se houve uso de caixa 2 na confecção do material.

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