Fecani é cancelado por falta de orçamento mínimo, diz organização

No site oficial do evento, foi informado que não se alcançou o teto mínimo para a realização das atrações programadas, mesmo com dias reduzidos

Fecani é cancelado por falta de orçamento mínimo, diz organização Segundo a organização, mais de 20 mil pessoas eram esperadas esse ano para o Fecani. Foto: Divulgação Notícia do dia 10/08/2016

O Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani) não acontecerá neste ano. Em nota divulgada pela organização no site oficial do evento, foi informado que, neste ano, não se alcançou o orçamento mínimo para a realização das atrações programadas, mesmo com os dias de festival reduzidos. De acordo com Bruno Azedo, presidente da Associação do Itacoatiarenses Residentes em Manaus (Airma), que organiza o evento,  a negociação começou desde março deste ano.

O presidente afirmou que, inicialmente, o valor do festival estava estimado em R$ 1, 5 milhões, porém, diante das dificuldades foi reduzidos para R$ 1, 1 milhões. “Tentamos enxugar ao máximo, diminuir o número de dias e atrações nacionais, mas mesmo assim, não conseguimos um teto mínimo. Temos apenas aproximadamente R$ 300 mil.  Pensamos na possibilidade de cobrar ingressos, mas após 31 anos sem cobrar nada, iria ser um contrassenso”, explicou Azedo. 

Em março, de acordo com Azedo, as negociações tiveram início com o governo do Estado, que afirmou que não teria condições para apoiar o festival neste ano. Ele informa que empresas do município colaboraram com patrocínio. “Também entramos em contato com a Prefeitura de Itacoatiara, mas não se apresentou uma alternativa. Como o festival é em setembro, já está em cima, então, se tornou inviável realizá-lo. Esse ano é um ano atípico em que o País tenta se estabilizar", afirmou o presidente. 

Ainda conforme o presidente, mais de 20 mil pessoas eram esperadas esse ano para o Fecani. O cancelamento representa uma perda econômica e cultural para o município. “Além da tristeza e decepção de todos, gera um abalo econômico para os comerciantes da cidade, muitos já comentam a tristeza, pois a movimentação do festival era como o 13ª salário para eles. A perda cultural também é grande, é a como se o governo tivesse virado as costas para o festival”, comentou.

“Apesar de todo o esforço e negociação com o Estado, município e empresas privadas na captação de patrocínios e, até a boa vontade de algumas empresas em participarem, os 'patrocínios sinalizados' não alcançaram o 'teto mínimo' para os eventos programados, mesmo que fossem reduzido para um, dois ou 3 três dias, ficando assim, economicamente inviável a realização”, diz a nota oficial da Airma. /// Isabelle Marques / [email protected]