Integrante denunciaram ao vereador Nelson Campos PRTB manobras para barrar as ações da Comissão de Ética
Notícia do dia 21/06/2016
Lideranças dos movimentos sociais e integrantes do Comitê do Movimento de Combate à corrupção decidiram não dar trégua aos vereadores pelo arquivamento das denúncias e pedidos de cassação de Rai Cardoso, o Cabeça, e Everaldo Batista, afastados de suas funções por crimes de falsidade ideológica, estelionato e peculato. Na manhã desta sexta-feira, 17, um ofício dos segmentos foi protocolado no Fórum de Justiça, pedindo ao Juiz da 1ª Vara a condenação dos dois edis envolvidos no “Escândalo da Gasolina”.
Na sequência de investidas em busca de punição para os vereadores, as lideranças aproveitaram a realização da última sessão legislativa antes do recesso junino para entregar um caixão miniatura simbolizando o que eles chamaram de “Morte do Legislativo”, por conta das manobras realizadas pelos membros da Comissão de Ética para barrar o pleito subscrito por cerca de mil assinaturas.
Condenação
No Fórum de Justiça, através de ofício ao juiz Fábio Olintho de Souza, os movimentos sociais enfatizam “os rumores crescentes na cidade de que os advogados dos vereadores Everaldo Batista e Raimundo Teixeira Cardoso Filho teriam solicitado a este Juízo a suspensão do afastamento dos mesmos da Câmara Municipal, ou seja, podendo ambos retornar às suas atividades normais, inclusive, usando a tribuna da Câmara Municipal para tripudiar sobre a sociedade civil”.
Segundo o expediente, a intensão de recorrer ao magistrado é apenas “de preservar a Ética Universal Humana e ao mesmo tempo os Princípios da Equidade e Justiça”. Citam que “é do conhecimento público que o senhor Rai Cardoso proclama em todos os quadrantes da cidade que tem contas a ajustar quando reassumir a Câmara com segmentos relevantes da sociedade civil, com profissionais de imprensa e lideranças de movimentos, caracterizando ameaças e abuso de poder”.
Câmara
Com o questionamento “descansem em paz, se for possível…”, o outro foco dos movimentos foi a última sessão da Câmara Municipal antes do recesso junino. Um caixão em miniatura com o nome da Câmara Municipal, e uma carta “In Memoriam” foi entregue ao vereador Nelson Campos, simbolizando o enterro do legislativo “pelas sucessivas ações de desrespeito às manifestações populares de combate à corrupção”.
Cópias de uma carta com o título “in Memoriam” foi endereçada a cada vereador. Frases como: “Se um só traidor tem mais poder que um povo que este povo não esqueça facilmente”, de Mercedes Sosa, foram usada para chamar a atenção dos legisladores.
O “dinheiro público usado em vão com pagamentos de salários injustos e mordomias a vereadores/as despreparados/as e oportunistas… (Depredação do Patrimônio Público), as manobras técnicas em defesa de corruptos e corruptores…, o cinismo descarado no falseamento da representatividade política…, o desrespeito durante as sessões com uso abusivo de celulares e redes sociais…, o uso da repressão à galeria, com força policial – violação à Democracia Participativa…, o desvio de foco dos assuntos trazidos em plenária, em total prejuízo a questões de interesse da população… e o uso do nome Deus em vão na abertura das sessões…” finalizam o documento com o indicativo: “DESCANSEM EM PAZ, SE FOR POSSÍVEL…”
Com informações de Floriano Lins/Plantão Popular
